Visita a Boituva revela obras abandonadas e descaso com alunos e professores

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11/05/2022 12:57 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Na visita que fez à cidade de Boituva, em 6/5, Carlos Giannazi (PSOL) vistoriou dois prédios públicos que, como em "Fora da Ordem", canção de Caetano Veloso, "aqui tudo parece que era ainda construção e já é ruína". Um deles é a estrutura inacabada que deveria sediar a escola estadual do Jardim Paraíso, no Parque Novo Mundo. Apesar de a obra ter sido iniciada em 2013, até hoje os estudantes do bairro têm de usar o transporte escolar por pelo menos quatro quilômetros para chegarem a outras unidades de ensino.

A outra obra-ruína da cidade é de responsabilidade da Secretaria da Justiça e Cidadania. Trata-se do Fórum de Boituva, cujas obras estão paralisadas desde 2016 e já consumiram cerca de R$ 3,5 milhões. "Essa é mais uma construção que ficou abandonada na gestão Doria/Rodrigo Garcia. E, enquanto o fórum não fica pronto, o poder público continua pagando aluguel de um prédio para o Judiciário funcionar. Isso é improbidade administrativa e crime de responsabilidade. É um total descaso com o dinheiro público", afirmou o deputado.

Giannazi também alertou para o fato de que as duas únicas escolas estaduais de ensino médio de Boituva, a EE Alferes Mário Pedro Vercellino e a EE João Moretti, estão sendo pressionadas pelo governo do Estado para ingressarem no Programa de Ensino Integral (PEI). Se isso ocorrer, será extinto um percentual considerável das vagas, acarretando a exclusão de centenas de estudantes. "É um projeto autoritário, excludente e eleitoreiro", disse Giannazi, que prometeu acionar o Ministério Público, o Tribunal de Contas do Estado e a Comissão de Educação da Alesp contra a instalação autoritária do PEI naquelas duas escolas.

Especialmente em relação à EE Alferes Mário Pedro Vercellino, Giannazi recebeu denúncias de que o diretor da escola vem perseguindo docentes, praticando assédio moral e até mesmo assédio sexual. "Eu conversei com professoras e professores que me fizeram esse relato extremamente preocupante. Dez profissionais já se desligaram da escola por conta dessa situação", disse o deputado.

A Diretoria de Ensino de Itu já abriu uma sindicância e iniciou uma averiguação preliminar sobre a conduta do diretor, mas Giannazi considera que, frente à gravidade das denúncias, é necessário que o diretor fique afastado da função durante o procedimento administrativo. "Esse diretor tornou o ambiente da escola tóxico", lamentou.

alesp