Sem reajuste desde 2017, servidores de São Bernardo acumulam perdas de 19%

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10/04/2023 10:27 | Atividade Parlamentar | Da Assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Giannazi com servidoras de São Bernardo <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2023/fg298039.jpeg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Carlos Giannazi (PSOL) participou na quinta-feira, 5/4, de um grande movimento promovido pelos servidores municipais de São Bernardo do Campo, que desde 27/3 estão em greve por melhores salários e condições de trabalho. Depois de manifestar in loco seu apoio ao movimento, o deputado foi à Câmara Municipal com os dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos para pedir a seu presidente, o vereador Danilo Lima (PSDB), que tentasse intermediar uma negociação com o prefeito Orlando Morando, que não recebe os servidores. A solicitação não foi atendida.

"Parece que o prefeito prefere deixar a greve continuar a abrir uma mesa de negociação com os servidores", afirmou Giannazi, ponderando que São Bernardo é uma das cidades mais ricas do Brasil, com um dos maiores orçamentos da Grande São Paulo. Apesar disso, a atual gestão vem achatando os salários dos servidores e servidoras, que não têm reajuste desde 2017.

Na véspera, Giannazi já havia divulgado, no Plenário da Alesp, uma carta aberta ao prefeito, na qual os servidores expõem os motivos da greve. O principal, comum a todos os servidores, se refere às perdas salariais de 18,82% acumuladas nos últimos anos, que se somam ao não cumprimento do vale-transporte e do auxílio alimentação.

Além do reajuste geral, existem demandas específicas de cada setor, como a Guarda Civil, que pede valorização, e o magistério, que exige o cumprimento do piso nacional com repercussão em toda a carreira. Entre todos, chama atenção a remuneração indigna das auxiliares de limpeza, cujo salário líquido é inferior a R$ 900.

Após sua participação no ato em São Bernardo, Giannazi fez questão de voltar ao Plenário da Alesp para exibir um vídeo da manifestação com milhares de pessoas. Com isso, ele desmascarou uma informação falsa dada pela deputada Carla Morando (PSDB), esposa do prefeito. Segundo ela, o número de grevistas não passaria de 130.

"Foi uma tentativa de desqualificar um grande movimento sindical, numeroso, que agrega vários segmentos do funcionalismo público, como educação, assistência social, cultura e segurança. Além disso, a greve tem o apoio da população, inclusive de pais de alunos da rede municipal", afirmou Giannazi, destacando que o direito de greve é amparado pela Constituição Federal.


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