Audiência contra o retrocesso da privatização da CPTM

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24/04/2023 10:34 | Atividade Parlamentar | Da Assessoria do deputado Luiz Claudio Marcolino

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Deputados do PT promovem audiência pública no dia 24 contra a proposta do governador Tarcísio de privatizar a CPTM

O Estado de São Paulo já convive com problemas na gestão privatizada das linhas férreas 8 (diamante) e 9 (esmeralda), que apresentam falhas constantes, acidentes e precarização do trabalho dos funcionários terceirizados. Mesmo sem conseguir resolver esses problemas, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) segue firme na proposta de privatizar as demais linhas de trens e promover o desmonte da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Entre as medidas do governador está tomando para privatização da CPTM, estão a inclusão da linha 7 (rubi) no programa do Trem Intercidades - que ligará São Paulo a Campinas - e o contrato de R$ 71,2 milhões, feito sem licitação com a agência IFC (International Finance Corporation), vinculada ao Banco Mundial para elaborar o estudo para a privatização das linhas restantes: 10 (turquesa), 11 (coral), 12 (safira) e 13 (jade).

Os fatos levaram os deputados do PT, Luiz Claudio Marcolino, Maurici e Simão Pedro, a promoverem uma audiência pública para debater as propostas de privatização, os problemas que já ocorrem com as linhas concedidas e a situação dos trabalhadores da CPTM. A reunião será no dia 24 de abril, às 15h, no auditório Franco Montoro na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

Os parlamentares são contrários a esse desmonte de um serviço público essencial, que é o transporte coletivo ferroviário, e que a CPTM desempenha desde 1992, quando a empresa foi criada, substituindo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a FEPASA (Ferroviária Paulista S/A). A audiência pública contra a privatização da CPTM contará com a participação do presidente do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, Eluiz Alves de Matos.

Desde a concessão das linhas 8 e 9, houve aumento nas ocorrências no sistema de trens desses ramais. Dados apurados pelo portal G1 indicam que as falhas eram poucas durante a gestão pública do serviço, realizada pela CPTM. A análise comparou o período de um ano.

Entre 2019 e 2020 foram registradas 45 falhas. No período seguinte, de 2020 a 2021, foram sete e no último ano da gestão da CPTM, de 2021 a 2022, ocorreram 19 falhas. A Via Mobilidade assumiu essas duas linhas no início de 2022. Até janeiro de 2023 foram registradas 132 falhas.

Os problemas colocam em risco os usuários e os trabalhadores. No dia 30 de março ocorreu o descarrilamento próximo à estação Barra Funda e outras falhas também já foram registradas.

A privatização tem se mostrado com desrespeito aos usuários e aos trabalhadores. Foram cinco descarrilamentos na linha 8 desde o início deste ano e um na linha 9. Ainda em março, houve colisão entre duas composições do monotrilho.


alesp