Alesp recebe ato solene em comemoração aos 78 anos do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa
08/05/2023 17:18 | Ato Solene | Gustavo Oreb Martins - Foto: Rodrigo Costa


Foi realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, sob solicitação do deputado Maurici (PT), um ato solene em celebração ao fim da Segunda Guerra Mundial. Mais especificamente, destacando a invasão soviética na Alemanha no dia 8 de maio de 1945, que resultou na rendição dos nazistas há 78 anos. A data é celebrada nesta segunda-feira (8) nos países do Ocidente, enquanto na Rússia é celebrado no dia 9. O evento ocorreu na noite da última sexta-feira (5) no auditório Paulo Kobayashi, ocasião em que cônsules de outros países também foram recebidos.
O deputado Maurici, como presidente da Comissão de Relações Internacionais da Alesp, recebeu o embaixador da Bielorrússia e o cônsul-geral da Rússia antes do evento, destacando a importância do fortalecimento dos laços com outros países. "É de grande importância estabelecer laços mais duradouros e mais sólidos com essas nações, e não iremos perder nenhuma oportunidade de fazê-lo", disse o parlamentar.
Em consonância, Raymundo Santos Rocha Magno, chefe do Eresp do Itamaraty em São Paulo, elogiou a organização do evento na Assembleia e a diplomacia nacional. "Este ato solene sobre um dia tão importante reflete a tradição das ações diplomáticas brasileiras, que sempre buscam a paz e desenvolvimento dos nossos povos", completou.
Na Mesa de Condução do evento, além do deputado Maurici e de Raymundo, estavam Sergey Lukashevich, embaixador da república de Belarus, e Vladimir Tokmakov, cônsul-geral da Rússia.
A Guerra e seus efeitos
No início da cerimônia, o parlamentar da Casa passou a palavra para os cônsules contarem suas experiências e histórias acerca da Segunda Guerra Mundial. "É uma data triste, mas que deve ser sempre lembrada, para que ações e pensamentos totalitaristas jamais retornem", disse.
Vladimir Tokmakov explicou o contexto da data, que já completa quase oito décadas. "O dia é muito especial, não só para o meu país, mas para todo o mundo. A Segunda Guerra levou muitas vidas russas e de outras nações. Na Rússia, ela é chamada de Segunda Guerra Patriótica, por conta do tipo de guerra que Hitler e seus aliados promoviam. Os nazistas queriam mais do que dominar o território, tinham intenção de escravizar a população e extinguir a União Soviética", afirmou.
O cônsul então detalhou o plano de ocupação nazista na Rússia, meticulosamente planejado para dominar o território soviético. Depois, destacou a força do povo russo, que sobreviveu em circunstâncias terríveis sob a opressão nazista e conseguiu recuar o exército alemão.
"A participação soviética foi de extrema importância durante toda a guerra. Em 1945, após derrotas na Rússia, os alemães foram obrigados a concentrar suas forças na defesa da capital. Estavam cercados, mas demoraram a se render. Apenas depois de uma das batalhas mais sangrentas da guerra, que resultou na destruição de quase toda a cidade de Berlim, os nazistas não tiveram outra escolha além da rendição", explicou.
Encerrando sua fala, o diplomata russo fez questão de apontar que, ao fim da guerra, a URSS perdeu 14,7% de sua população e a Bielorrússia perdeu cerca de 20%, para se ter ideia do tamanho do terror da época. "Nazismo não pode ser considerado uma opinião ou prática de liberdade de expressão, é uma ideologia assassina que jamais deve ser ressuscitada", finalizou.
Em seguida, Sergey comentou os efeitos do nazismo em Belarus e o alívio do fim da Segunda Guerra na Europa: "É impossível mensurar a importância dessa data para o meu povo em Belarus. A Segunda Guerra não foi apenas um confronto, os nazistas declararam abertamente que um dos objetivos era diminuir a população eslava em 30 milhões. Mais de 200 cidades foram arruinadas e somente o campo de concentração de Minsk [capital de Belarus] tirou 540 mil vidas."
O cônsul bielorrusso também alertou para os perigos do neonazismo e como essas ideias existem nos dias de hoje. "Essas ideologias ainda encontram adeptos até hoje, mesmo que poucos. Em alguns países europeus até ocorrem marchas oficiais em homenagem a militares nazifascistas. Não é possível poupar nem romantizar as ações de carrascos cruéis que não tiveram pena de mulheres, crianças e milhões de almas inocentes.", disse.
Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial
No encerramento do evento, Vladimir fez questão de ressaltar a importância do Brasil na Segunda Guerra, assim como a bravura dos soldados latino-americanos que ajudaram a derrotar as forças de Hitler e seu exército.
"Devemos destacar o nosso aliado, Brasil, como único país da América do Sul a participar efetivamente da Guerra. Uma significativa parte dos soldados brasileiros eram civis convocados pela Força Expedicionária Brasileira [FEB], para ajudar a libertar a Itália dos nazistas e retaliar os ataques aos navios brasileiros durante a guerra. Cerca de 25 mil soldados entraram em combate no norte da Itália, em terrenos montanhosos, conquistando uma heroica vitória. Reconhecemos a coragem e a memória de todos", encerrou.
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