Reitor da USP revê decisão de demitir marinheiros do Instituto Oceanográfico

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09/05/2023 13:04 | Atividade Parlamentar | Da Assessoria do deputado Carlos Giannazi

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A reitoria da USP recuou, ao menos provisoriamente, de sua intenção de demitir os 26 marinheiros que operam os navios do Instituto Oceanográfico. O número representa mais de dois terços da tripulação de dois navios do instituto, o Alpha Crucis e Alpha Delphini, e inclui seus comandantes. O anúncio das demissões havia ocorrido em 18/4, quando o reitor Carlos Gilberto Carlotti Jr. resolveu retomar um processo administrativo iniciado em 2009, cujo teor questiona o vínculo empregatício entre os marinheiros e a universidade, apesar de os salários - bem como o recolhimento de FGTS e IR - sempre terem sido pagos diretamente pela USP, desde os anos 1980.

Carlotti voltou atrás depois da grande mobilização contra as demissões feita na sexta-feira, 5/5, na Cidade Universitária, por estudantes, funcionários e docentes do Instituto Oceanográfico. Além do desrespeito aos trabalhadores, os pesquisadores estavam inconformados com a intenção do reitor, que pretendia deixar os navios de pesquisa inoperantes até que fosse contratada uma empresa terceirizada para sua operação.

Ao mesmo tempo, com apoio presencial de dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (Sintusp) e do deputado Carlos Giannazi (PSOL), os tripulantes ocuparam o Alpha Crucis, que está atracado no porto de Santos. "Esses profissionais, que há décadas prestam um serviço de relevante apoio à pesquisa científica e ambiental, precisam que seus direitos e dignidade sejam respeitados. Fazemos um apelo para que o reitor da universidade reveja essa posição e abra um processo de negociação urgentemente", afirmou o deputado, na ocasião.

Com o recuo de Carlotti, salários referentes ao mês de abril foram finalmente liberados. Por deliberação do reitor, os valores haviam sido retidos diante da recusa dos trabalhadores em assinarem a intimação para o início do procedimento de invalidação dos seus contratos de trabalho. "Ficaremos atentos e vigilantes para que os empregos desses valorosos servidores do Instituto Oceanográfico sejam mantidos", afirmou Giannazi.


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