Os deputados e as deputadas da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo discursaram, durante sessão desta sexta-feira (12), sobre diversos temas, com destaque para o Dia Internacional da Enfermagem, celebrado neste dia, e a importância da reforma agrária e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

O Expediente foi encerrado com uma homenagem ao Dia das Policiais Femininas, comemorado hoje, parabenizando especialmente as policiais que atuam na segurança do Parlamento Paulista.

Dia Internacional da Enfermagem

O deputado Luiz Claudio Marcolino (PT) lembrou que hoje é comemorado o Dia Internacional da Enfermagem e destacou a Lei Federal 14.581/2023, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e que liberou R$ 7,3 bilhões para o piso nacional salarial da categoria. Segundo o parlamentar, além do pagamento para os servidores do serviço público, haverá também a cobrança do cumprimento do piso para os trabalhadores da área no setor privado.

"A medida reconhece a luta da categoria. Um levantamento do Conselho Federal de Enfermagem apontou que mais de 2,8 milhões de profissionais do setor no país serão beneficiados com a medida", afirmou.

Em seguida, o deputado Guilherme Cortez (Psol) também lembrou o Dia Internacional da Enfermagem e homenageou os profissionais da área. "É uma data de luta da categoria, que é a maior da área de saúde. São mais 700 mil técnicos e enfermeiros no Estado de São Paulo, mas ao mesmo tempo, é o setor mais precarizado da área de saúde e que esteve na linha de frente durante a pandemia de Covid-19. Portanto o piso salarial é um direito mínimo da categoria", pontuou.

Além de destacar a data comemorativa, o deputado Reis (PT) também homenageou a memória do médico Carlos Neder, que também foi deputado estadual em São Paulo. "Ele lutou muito SUS, pelos movimentos de melhoria nos bairros e pela economia solidária. Um médico de todas as horas", disse.

O deputado Oséias de Madureira (PSD) ressaltou a importância da data. "O enfermeiro vai contar sempre com a responsabilidade por diversas tarefas dentro do cuidado da saúde e do bem-estar", finalizou.

MST

O deputado Eduardo Suplicy (PT) discursou na tribuna sobre o falecimento de coordenadora de políticas públicas para de Diadema, Creone Santos, que faleceu nesta última quinta-feira (11). "Ela teve um longo histórico de lutas pelos direitos das mulheres. Seu olhar de valorização feminina foi essencial para a aplicação de políticas públicas nesta gestão. Seu legado será eterno", destacou.

Em seguida, Suplicy destacou uma notícia do jornal Folha de São Paulo em que o principal dirigente do MST afirmou que aumentaria a pressão para acelerar a reforma agrária no país.

Guilherme Cortez (Psol) também discursou sobre o MST, reforçando a sua importância. "Não é a primeira vez que o movimento sofre tentativas de criminalização. O MST é reconhecido internacionalmente por travar a luta mais importante da história do Brasil: a luta pela terra. A desigualdade de terras no Brasil mostra vários problemas sociais que a gente tem", declarou.

O deputado Simão Pedro (PT) falou sobre 4ª Feira Nacional de Reforma Agrária, no Parque da Água Branca. O evento tem 1.700 trabalhadores rurais expondo produtos agrícolas e industrializados. "Essa feira ganha importância, porque a reforma agrária está sob ataque, principalmente nos últimos tempos, devido ao medo de que o governo do Lula volte a assentar famílias em áreas improdutivas e terras devolutas", declarou.

Policiais femininas

O deputado Oséias de Madureira (PSD) também homenageou o Dia das Policiais Femininas e reconheceu o valor do trabalho desempenhado por elas. "Parabéns a todas as policiais que tem dado um show pelo nosso Estado", finalizou.

Mudança de secretaria

O deputado Carlos Giannazi (Psol) criticou o planejamento da mudança da sede da Secretaria Estadual da Educação da região central da cidade de São Paulo para a Avenida Faria Lima. "Nós teríamos um gasto desnecessário de milhões de reais, indo, inclusive, na contramão do que o governo está anunciando que vai levar as sedes do governo [as secretarias] para o centro, que será revitalizado", afirmou.

Segundo Giannazi, a sede seria transferida porque o prédio localizado no Centro está degradado e precisa passar por reformas na infraestrutura. O parlamentar ainda defendeu "que os recursos públicos devem ser investidos nas escolas do Estado de São Paulo que estão sucateadas".

SP é Solo Preto e Indígena

A deputada Mônica Seixas do Movimento Pretas (Psol) falou sobre um programa que abarca uma série de iniciativas, que se chama "SP é solo preto indígena". O objetivo da ação, de acordo com a parlamentar, é derrubar as homenagens feitas aos racistas e contar a história do povo preto e indígena.

"A gente lança [o programa] nesta sexta-feira (12), porque amanhã [13 de maio] é o ?Dia da Falsa Abolição?. A gente chama de Falsa Abolição, porque antes desse processo já havia começado o processo abolicionista, muitos negros haviam fugido, e tampouco a assinatura da Lei Áurea acabou com a escravidão, uma vez que o tráfico negreiro continuou de forma irregular", discursou.