Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo sediou, na noite da última sexta-feira (8), um Ato Solene para homenagear personalidades femininas por conta de seu trabalho. Promovido pelo deputado Felipe Franco (União), o evento condecorou, ao todo, 15 mulheres, entre médicas, assistentes sociais, esportistas, empresárias e jornalistas. "Sinto-me honrado em homenagear mulheres de atitude, que não poupam esforços para estar presentes nos espaços de representatividade e exercem funções de extrema importância na consolidação do papel da mulher na sociedade", pontuou o parlamentar. Durante a abertura do evento, Franco ainda destacou três projetos de sua autoria protocolados na Alesp que visam dar mais direitos às mulheres do Estado. Um deles cria uma campanha de combate à importunação sexual em locais destinados à prática de atividade física. Outro, diz respeito à política de apoio e incentivo à mulher no esporte. Paridade de gênero O deputado também destacou a aprovação e sanção do Projeto de Lei 645/2023, que alterou a Lei do Programa Bolsa Talento Esportivo. Com o seu projeto, a lei passa a assegurar paridade de gênero no pagamento das bolsas, reservando, no mínimo, 50% para mulheres. Além disso, o novo texto dá diversas garantias a atletas gestantes e puérperas, incluindo o pagamento do auxílio durante a gravidez. "Vamos celebrar as conquistas das mulheres, modernizar as leis e trabalhar para criar um mundo em que o talento e a determinação, assim como das homenageadas, sejam motivos de formação de mais mulheres que inspiram", completou Felipe Franco. Luta Dentre as 15 mulheres homenageadas, estava Carla Simone, assistente social e fundadora do Instituto Social Simone Silva. Criada em 2020, em meio à pandemia, a entidade dá apoio jurídico e psicossocial a mães solo na região da Vila Brasilândia, Zona Norte de São Paulo. Entre os serviços oferecidos, o grupo ajuda no reconhecimento de paternidade e dá apoio psicológico a mulheres vítimas de violência. "O número de crianças que não têm o nome do pai na certidão de nascimento é muito grande e isso gera muitos transtornos nelas", explicou Carla. Para ela, dar oportunidades de acesso à educação para essas mães é essencial para mudar suas realidades. Apesar de se sentir feliz por receber a homenagem, Carla disse que gostaria que não fosse necessário existir projetos como o dela. "Isso poderia não acontecer. Se tivéssemos uma política mais efetiva, não precisaríamos dessa homenagem. Estou feliz, mas, ao mesmo tempo, me sinto mais uma tentando fazer a diferença na vida dessas pessoas", afirmou.