A Frente Parlamentar em Defesa do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo recebeu, na noite desta segunda-feira (22), o diretor técnico do Hospital do Servidor (HSPE), Marcelo Takano.

O médico apresentou dados e feitos de sua gestão à frente do principal hospital da rede Iamspe para o Colegiado, que é coordenado pelos deputados Reis (PT), Professora Bebel (PT) e Valdomiro Lopes (PSB).

"O Hospital do Servidor vem recebendo uma série de investimentos para garantir a melhoria assistencial dos nossos usuários. O principal desafio que temos é garantir a equidade do acesso e a integralidade do cuidado", disse Takano.



Além desses números, o diretor apresentou melhorias estruturais feitas pela sua gestão, como a reforma da UTI neonatal e do centro obstétrico, a entrega de um novo centro de monitoramento de pacientes críticos e de um novo pronto socorro infantil e da mulher.

Manifestações

Durante a reunião, Marcelo Takano ouviu reclamações de usuários do HSPE e de toda a Rede Iamspe sobre o serviço prestado aos servidores paulistas. A maioria delas foi sobre a falta de efetivo atuando nos hospitais e clínicas da rede.

"Quando vemos qualquer demonstração de melhoria, lógico que ficamos contentes. Entretanto, já passamos por diversas reformas, de todos os tipos, mas o que de fato precisamos é de recursos humanos. Enquanto não abrir concurso público, não vai adiantar", disse a secretária do SindSaúde-SP e servidora do Iamspe, Regina Bueno.

Na mesma linha, o deputado Reis apontou que, atualmente, a rede do Iamspe funciona com um déficit de quase dois mil servidores. "Houve melhora na estrutura, mas sem o fator humano fica muito difícil resolver o problema do Iamspe. Enquanto tem quatro mil funcionários, precisaria ter seis mil, falta quase um terço. Então, além de investir na estrutura, precisa contratar médicos, enfermeiros e funcionários para que funcione adequadamente", destacou o parlamentar.

Entre as reclamações pontuais levantadas pelo público, muitas delas relacionadas com a falta de funcionários, estiveram a demora para atendimento no pronto-socorro, para agendamento de consultas com especialistas e para realização de exames, problemas no cuidado com pacientes internados e dificuldades para a utilização do sistema eletrônico de agendamento de consultas.

Paridade

Outra demanda latente do grupo de servidores que lutam por melhorias no Iamspe é a instituição da paridade no financiamento da rede. Hoje, os servidores contribuem com 2% a 3% de seu salário e o pedido é que o Governo invista uma porcentagem semelhante.

"Nós cumprimos com nossa cota-parte e queremos saber por que o Governo não cumpre com a cota-parte dele e também entra com 2 ou 3%", comentou a deputada Professora Bebel (PT).

Segundo Marcelo Takano, a paridade no financiamento do Iamspe está sendo discutida pela Secretaria de Saúde, que deve chegar a uma equação que resulte em um maior aporte financeiro.

Reis também defendeu que o Governo coloque mais recursos no atendimento à saúde do servidor público. "Sem dinheiro não vamos contratar mais médicos, não vai ampliar a rede de assistência, não vai fazer convênio com outros hospitais. O Governo precisa entender que esse atendimento precisa ser de excelência", defendeu.

Iamspe

Hoje, o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual é responsável pelo atendimento de 1,2 milhão de pessoas, entre funcionários públicos e dependentes. A rede atua em 165 municípios e possui 70 hospitais, 108 laboratórios de análise clínica e 709 consultórios e clínicas especializadas.

Dos 70 hospitais, oito deles são especializados, além do Hospital do Servidor, localizado na Capital paulista, que é o maior da rede e responsável pelos casos de alta complexidade. O HSPE possui cerca de 700 leitos e mais de 2,6 mil médicos e enfermeiros.

Assista à reunião, na íntegra, na transmissão feita pela TV Alesp:



Mais imagens da reunião: https://www.flickr.com/photos/assembleiasp/albums/72177720316395180/