A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo realizou, nesta segunda-feira (24), o seminário "Clima e Saúde: propostas de adaptação e ação climática dos adolescentes atendidos pelo Programa de Saúde do Adolescente do Estado de São Paulo". O evento foi organizado pela deputada Marina Helou (Rede), em parceria com o Instituto Árvores Vivas.

Marina é coordenadora da Frente Parlamentar Ambientalista, que trabalhou junto ao Instituto para a introdução da oficina "Clima e Saúde" na Casa do Adolescente de Taboão da Serra, de Heliópolis, de Pinheiros e do M'Boi Mirim. O projeto contou com a participação de 200 jovens entre 12 e 19 anos.

"A gente está falando da qualidade do ar que eles respiram, do contato com a natureza e da perspectiva da responsabilidade nas mudanças climáticas", explicou a deputada.

A oficina colocou no centro do debate jovens para refletir sobre os impactos da alteração do clima sobre o seu dia a dia e quais ações devem ser priorizadas para garantir a qualidade de vida de todos.

"As principais ações que eles olham traz referências à arborização, água, saneamento e infraestrutura da região onde vivem, que precisa de investimento para regenerar o bairro ou a cidade", relatou Juliana Gatti, presidente do Instituto Árvores Vivas.

"O programa é voltado para a saúde integral do paciente, envolvendo o tema sobre as mudanças climáticas. A participação deles para trazer propostas para a sociedade foi incrível", disse Carla Borges, diretora da Casa do Adolescente de Taboão da Serra.

Gabriel Rocha, de 12 anos, participou da oficina em Taboão. Para ele, a experiência de colaborar com a sociedade com um tema relevante nos dias atuais foi engrandecedora. "Tivemos interatividade com a natureza e fomos conscientizados sobre o que ocorre com o meio ambiente. O futuro depende da gente", aprendeu.

Demandas

No evento, foi apontado que 35% dos participantes da oficina relataram sentir a alta do calor como reflexo das alterações do clima. Em segundo lugar no ranking esteve a questão dos alagamentos e enchentes (27%). A preocupação com doenças, como leptospirose ou dengue, também foi apontada pelos adolescentes, com 7% das opiniões coletadas.

A partir deste trabalho, 102 ações foram sugeridas por eles. Investimento em saneamento básico, arborização e infraestrutura foram apontadas como prioridade.

Assista ao evento, na íntegra, na transmissão feita pela TV Alesp:



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