O acesso dos municípios e das comunidades paulistas a uma tecnologia 100% brasileira que vai proporcionar uma gestão mais eficiente e que deverá resultar em melhores serviços públicos, já é realidade e representa um marco na pesquisa e no desenvolvimento de soluções tecnológicas do estado de São Paulo. Essa transformação digital começa a ser proporcionada por uma parceria da Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia, Inovação e sua Integração com o Mercado de Trabalho e da Universidade de São Paulo (USP).

Essa união possibilitou a criação do Observatório de Transformação Digital do Estado de São Paulo, que foi lançado dia 15 de agosto, na Cidade Universitária, em São Paulo. Essa parceria, que pode parecer inusitada, é resultado de muito trabalho e de um olhar social para a democratização da inovação da Frente e da USP, por meio da Inova USP. Porque sem inclusão, poucos municípios têm acesso à tecnologia e há uma grande maioria com risco de ficar à margem desse desenvolvimento econômico e digital. Além dessas cidades não conseguirem proporcionar o acesso ao mercado de trabalho, principalmente dos jovens.

Desde que institui essa Frente na Assembleia Legislativa, em junho de 2023, a ampliação do acesso dos municípios para a transformação digital da gestão são temas que pautam as nossas reuniões e que reúnem representantes de institutos de pesquisa públicos e privados, os governos estadual e federal, indústria, agronegócio, startups, associações e muitos outros integrantes do chamado ecossistema de inovação.

E na Frente, que é um colegiado suprapartidário, os atores desse setor encontraram um espaço para discutir ideias, fazer diagnósticos, propor soluções para as dificuldades comuns da maioria dos 645 municípios paulistas, onde vivem 44 milhões de habitantes, cerca de 22% da população brasileira. São Paulo é o estado mais populoso do Brasil.

E é aqui que a economia é bastante diversificada, possuindo a maior produção industrial, científica e tecnológica do país. É o maior polo nacional de pesquisa e desenvolvimento. O PIB do Estado ultrapassa a faixa de 1 trilhão de reais.

E, com toda essa importância, os diversos movimentos em andamento no setor da inovação estavam isolados. A Frente promoveu a interface com o emprego e mobilizou atores do estado. Já fez parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e agora com a USP. O objetivo é comum a todos: trabalhar em conjunto para melhorar e criar novas leis para potencializar o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação no estado.

O Observatório nasce de uma parceria e terá de expandir com outros parceiros para orientar os municípios, ajudar os gestores municipais e terem projetos digitais em todas as áreas, como a segurança, a saúde e a educação. Três áreas importantes para a população e que precisam ter os serviços públicos em constante avanço e melhoria.

Já estão no Observatório a Rede Nacional de Consórcios Públicos Intermunicipais, que tem a missão de engajar os municípios nas ações de transformação digital do estado de São Paulo e o Instituto de Tecnologias Exponenciais (Itex). Ele administrará o programa Caninos Loucos, uma plataforma de hardware aberto construída com apoio do governo federal e implementada em diversos setores, como controle de semáforos, sistemas de reconhecimento de imagem em viaturas e respiradores hospitalares na cidade de São Paulo.

O Fórum Brasileiro de Internet das Coisas mobilizará as entidades relevantes na questão do IoT, e os parques tecnológicos do estado também foram convidados para auxiliar no processo de engajamento e entrega das soluções aos municípios e comunidades.

Formou-se uma rede estruturada que a Frente Parlamentar proporcionou e que busca com essas ações também a inclusão das pessoas nesse processo, dos jovens. É fundamental a capacitação dos jovens e a qualificação dos profissionais que já estão no mercado e nos serviços públicos que também ampliam os atendimentos digitais à população. Com esse convênio da Frente com a USP para que as cidades conheçam, se preparem e possam aplicar essa tecnologia desenvolvida no país por uma das melhores universidades do mundo, que é a USP, haverá melhoria da gestão municipal. O resultado será um ganho extraordinário para a Administração Pública e para o povo paulista.