Alesp é aliada da população no 'Dia D de Combate à Dengue'
23/11/2024 09:00 | Saúde | Daiana Rodrigues - Fotos: Agência Alesp e Rafael Simões/ Comunicação do Instituto Butantan









A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo se junta, neste sábado (23), aos esforços do "Dia D de Combate à Dengue", doença causada por um vírus transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti.
De janeiro a outubro deste ano, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo registrou 2,05 milhões de casos de infecções e 1,8 mil óbitos. No mesmo período de 2023, foram confirmados pouco mais de 300 mil casos e 284 óbitos pela doença.
Instituída pelo Decreto 47.334/2002, de autoria do Executivo, a data foi criada para conscientizar e mobilizar a população paulista a combater e prevenir a alta no número de casos. O Decreto determina que cada município realize ações com o objetivo de combater e prevenir os criadouros do mosquito.
Uma dessas iniciativas ocorre por meio do controle e retirada da água parada nas residências, escolas e prédios públicos, por exemplo. É aquela que se acumula em caixas d?água, garrafas, ralos, vasos de plantas, calhas, pneus e garrafas plásticas, dentre outros. Além disso, é fundamental manter esses recipientes sempre limpos e fechados.
A limpeza desses repositórios deve ser feita periodicamente com larvicidas alternativos, como sal de cozinha e água sanitária. Instalar telas em portas e janelas também contribui para evitar a entrada do mosquito.
Exemplo do Parlamento
As Divisões de Saúde e de Conservação e Serviços do Parlamento Paulista realizam ações em conjunto, coordenadas pela Secretaria Geral de Administração (SGA), para combater e prevenir a presença do Aedes aegypti nas dependências do prédio da Alesp.
A Divisão de Saúde orienta os funcionários da Casa a eliminar focos de água parada, tanto dentro da instituição quanto de seus setores, evitando, por exemplo, o acúmulo de água nos pratinhos dos vasos de planta dos próprios servidores.
"Esse esclarecimento é feito por e-mail institucional, intranet e cartazes espalhados em áreas comuns. Esses materiais são produzidos em parceria com as Divisões de Comunicação Institucional e Social", explicou o gestor do setor, William Portik de Assis.
Já a Divisão de Conservação e Serviços realiza, periodicamente, os controles de jardinagem, pragas e limpeza por meio de vistorias em todo o prédio e o estacionamento da Alesp, com o objetivo de eliminar os criadouros do mosquito.
"Isso é feito por desinsetização, aplicação de larvicidas e produtos de limpeza, como cloro para atuar na prevenção. A Vigilância Sanitária também vem fiscalizar o prédio da Alesp a cada seis meses", esclareceu a gestora do setor, Natalia Alves.
Boas práticas
Outra medida que o Decreto prevê é a conscientização dos alunos das escolas estaduais sobre os perigos da proliferação da doença, transformando os jovens em multiplicadores de boas práticas.
Os responsáveis pela manutenção e zeladoria dos prédios das entidades estaduais também devem realizar algumas ações em suas rotinas de trabalho. Dentre elas incluem-se a eliminação de poças d?água em lajes e marquises formadas pela água da chuva, lavar semanalmente os bebedouros, colocar areia grossa nos pratos dos vasos de planta e tampar ralos.
América Latina
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a dengue é um problema global, que cresceu drasticamente nas últimas décadas, principalmente na América Latina. De acordo com dados da própria Opas, cerca de 500 milhões de pessoas nos países latino-americanos e caribenhos correm risco potencial de contrair dengue.
No caso do Brasil, a urbanização, a falta de saneamento básico e a predominância do clima tropical são os principais fatores que favorecem a reprodução do mosquito. Esse cenário se agrava na primavera e no verão, devido às elevadas temperaturas registradas.
Para o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a alta incidência ocorrida neste ano está ligada às mudanças climáticas, como o fenômeno "El Niño", que vem tornando o inverno paulista mais quente e seco nos últimos anos, o que colabora para a maior reprodução do Aedes aegypti.
Sintomas
Os principais sintomas da dengue são dores nos músculos, articulações e atrás dos olhos, além de febre alta, dor de cabeça, manchas avermelhadas no corpo, náuseas, falta de apetite, sonolência e desidratação.
A estudante de Pedagogia, Maria Clara Sales, conta que os sintomas da doença apareceram cerca de três dias após a picada do mosquito. "Senti muita dor no corpo e falta de apetite durante duas semanas. Só conseguia comer gelatina. A desidratação é intensa e por mais que você beba água, a sensação de boca seca não passa", relembra.
Já o caso mais grave, a dengue hemorrágica, costuma surgir com mais frequência quando a pessoa já foi infectada por outro subtipo do vírus da dengue, em idosos ou pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.
De acordo com informações do Instituto Butantan, essa forma da doença atinge uma em cada 20 pessoas.
Como forma de minimizar os riscos, é fundamental buscar, o quanto antes, o diagnóstico da dengue, para que o atendimento médico seja rápido. O tratamento inclui avaliação clínica, exames, medicamentos, repouso, ingestão de cinco litros de água por dia para manter a hidratação do corpo e hospitalização em casos mais graves.
"Eu ia tomar soro no hospital e bebi muito líquido, inclusive água de coco. Durante um bom tempo após o tratamento, ainda fiquei sentindo dor no corpo", relata Maria Clara.
Vacina
A prevenção contra a dengue também ocorre através de vacina que protege contra os quatro subtipos do vírus causadores da doença.
Os estudos clínicos para produzi-la começaram em 2009, pelo Instituto Butantan, maior produtor de vacinas da América Latina, em parceria com o Instituto Nacional de Saúde Americano e a farmacêutica MSD.
Atualmente, o processo de pesquisas já está na etapa final. Se a vacina for aprovada, será disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e distribuída pelo Programa Nacional de Imunizações.
Segundo o Instituto, a vacina apresenta 89% de proteção contra dengue grave. Além disso, ela oferece uma segurança prolongada em pessoas de 2 a 59 anos de idade.
Monitoramento
Para agilizar o acesso aos dados, o Governo do Estado lançou o Painel de Monitoramento da Dengue, pelo www.dengue.saude.sp.gov.br. O site foi lançado pela Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo para atualizar a população sobre os casos da doença por data e município. Já o portal www.dengue100duvidas.sp.gov.br traz todas as informações sobre a doença.
A população em geral também pode procurar a Secretaria de Saúde Municipal, a Vigilância Sanitária ou o Centro de Controle de Zoonoses de sua cidade para denunciar os possíveis focos de dengue.
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