Plenários e auditórios do Palácio 9 de Julho homenageiam bastiões da liberdade e democracia
25/01/2025 04:00 | 57 anos da Casa do Povo Paulista | Da Redação - Fotos: Agência e Acervo Histórico Alesp










Inaugurado no dia do aniversário da cidade de São Paulo, em 25 de janeiro de 1968, o Palácio 9 de Julho, sede do Poder Legislativo Estadual, comemora 57 anos neste sábado. O prédio que abriga o Parlamento Paulista possui este nome em homenagem à data de início do Movimento Constitucionalista de 1932 e da promulgação da Constituição Estadual de 1947.
Com 36 mil metros quadrados, a Casa do Povo Paulista é onde se discute o futuro do estado mais populoso e rico da nação. Nela, se destacam quatro plenários, três auditórios e um salão nobre que são usados para discutir e votar os projetos de leis estaduais, além de sediar diversas audiências públicas, solenidades e outros tipos de eventos. Veja quem foram os escolhidos para dar nome a esses espaços:
Juscelino Kubitschek
JK, como também é conhecido, é o ex-presidente da República que dá nome ao principal plenário da Alesp, conhecido por receber os parlamentares durante discursos, debates e votações de projetos de leis. Kubitschek foi presidente do Brasil entre os anos de 1956 e 1961, ficando conhecido por seu slogan "cinquenta anos em cinco". Em seu governo, conseguiu atrair um grande desenvolvimento industrial e o País teve um forte crescimento econômico.
O Plano de Metas de JK visava o crescimento da economia brasileira e também a construção da nova capital brasileira localizada no centro do território nacional. Como se sabe, sua ideia deu certo e hoje temos o Distrito Federal, onde se encontra a sede dos poderes da República. A escolha do nome do ex-presidente para o Plenário, feita em 1979, foi uma referência ao papel de democrata e uma das maiores lideranças políticas do País.
José Bonifácio
Além do Plenário JK, a Alesp conta também com três plenários menores, onde são realizadas reuniões de comissões permanentes, além de outros eventos. A escolha dos nomes data de 1972, ano em que se comemorava os 150 anos da Independência do Brasil.
O primeiro deles é o José Bonifácio, em homenagem ao estadista brasileiro que é considerado Patriarca da Independência devido ao seu papel decisivo no processo político da época.
Presente em nossa história desde o início do movimento de independência, José Bonifácio foi presidente da junta governativa de São Paulo (1821) e posteriormente assessor e ministro de Dom Pedro I, juntamente com seu irmão Martim Francisco. Bonifácio escreveu no dia 24 de dezembro de 1821, em São Paulo, o chamado Manifesto Paulista, que levou o imperador a optar pela permanência no Brasil, o que ficou conhecido como Dia do Fico, e que antecedeu Independência.
José Bonifácio ainda foi ministro do Reino e dos Negócios Estrangeiros entre os anos de 1822 e 1823, no início do Brasil independente. Depois de um período de exílio na França, retornou ao Brasil em 1831, quando assumiu a tutoria do futuro Dom Pedro II até 1833.
Tiradentes
Outro plenário da Alesp leva o nome do herói brasileiro Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como Tiradentes. Ele foi dentista, comerciante, militar e ativista político, tendo sido um dos principais líderes da conspiração separatista chamada de Inconfidência Mineira, contra o domínio português. Contudo, quando o movimento foi descoberto, Tiradentes foi preso, julgado e enforcado publicamente.
O seu papel na história brasileira passou a ser mais valorizado com a proclamação da República, em 1889. Desde então, seu papel de herói e mártir do povo brasileiro foi reconhecido. Além disso, dia 21 de abril, data do seu nascimento, é feriado nacional. "Com Tiradentes, o Brasil aprendeu a liberdade. Por ela, deu seu sangue e sua vida", justificou o deputado Ary Silva no projeto de resolução que nomeou o plenário.
Dom Pedro I
Após declarar a independência do Brasil em 7 de setembro de 1822, às margens do Rio Ipiranga, em São Paulo, Dom Pedro I ficou conhecido como o "Pai da Pátria". O filho de Rei João VI foi o Imperador do Brasil entre os anos de 1822 a 1831. Naquele 7 setembro, Dom Pedro estava em uma viagem para negociar com lideranças políticas paulistas o apoio ao movimento de independência. O imperador teve papel determinante na manutenção do território nacional ao derrotar diversas revoltas espalhadas pelo país.
Teotônio Vilela
Um dos maiores defensores da democracia brasileira, Teotônio Vilela foi homenageado, em 1984, pela Alesp com seu nome em um dos auditórios do Palácio 9 de Julho. O ex-deputado e senador foi um dos defensores do projeto de lei da anistia após o Regime Militar, vendo como uma oportunidade de o Brasil se reencontrar como nação.
No início dos anos 1980, mesmo doente, foi uma das grandes lideranças do movimento pelo voto direto no Brasil. No dia em que Teotônio Vilela morreu, era realizado em São Paulo um dos 48 comícios pelas eleições diretas. Em sua vida política, Vilela foi eleito senador, deputado e vice-governador de Alagoas.
Franco Montoro
Um dos maiores políticos paulistas, Franco Montoro foi vereador na capital paulista, senador por dois mandatos consecutivos e deputado federal por três períodos, sempre representando São Paulo, além de ter sido deputado estadual entre os anos de 1955 e 1959 e ministro do Trabalho e Previdência Social. Contudo, o cargo em que ficou mais conhecido foi o de governador de São Paulo entre os anos de 1983 a 1987.
Montoro foi eleito governador na primeira eleição direta para o cargo após vinte anos. Como governador, descentralizou a administração do estado em 42 regiões e avançou em diversas obras de infraestrutura necessárias, como o metrô na capital. O Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos também leva seu nome.
O auditório leva o nome de Franco Montoro desde 2000 e está, atualmente, em fase final de reforma.
Paulo Kobayashi
Nascido em Ribeirão Pires, foi vereador de São Paulo entre 1989 e 1995. Paulo Kobayashi também foi deputado estadual na Alesp por três mandatos (1975/79, 1983/87 e 1995/99), tendo assumido a Presidência da Assembleia Legislativa de 15 de março de 1997 a 1° de fevereiro de 1999. Posteriormente, foi eleito para dois mandatos como deputado federal.
Além de político, Kobayashi foi professor de Geografia e escreveu diversos livros. O auditório da Casa leva seu nome desde 2010, cinco anos após sua morte.
Campos Machado
Por fim, o Salão Nobre da Alesp recebe, desde 2024, o nome do ex-deputado Campos Machado, que cumpriu nove mandatos consecutivos na Alesp e integrou a Assembleia Constituinte Estadual. O espaço é reservado para a recepção de autoridades e importantes tomadas de decisões do Poder Legislativo entre as lideranças dos partidos.
Como deputado estadual, Machado apresentou mais de 4 mil propostas e foi autor de 259 leis. Algumas delas de repercussão nacional, como a gratuidade no transporte público estadual para pessoas acima de 60 anos, a lei da liberdade religiosa, a lei de acesso às praias para pessoas com deficiência, entre tantas outras. Campos Machado faleceu na cidade de São Paulo, em 6 de janeiro de 2024, aos 84 anos de idade.
Outras homenagens
A sede da Alesp, o Palácio 9 de Julho, possui também o Espaço Heróis de 32, o Espaço Cultural V Centenário e o Hall Monumental. Nesses locais, geralmente, são realizadas exposições e outras iniciativas culturais.
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