Audiência Pública na Alesp recebe denúncias de violência policial

Promovido pelo deputado Carlos Giannazi (Psol), evento ouviu familiares de vítimas de violência; para o parlamentar, audiência é oportunidade para acionar as autoridades
11/02/2025 17:25 | Segurança pública | Gabriel Eid - Fotos: Larissa Navarro

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Evento aconteceu no Auditório Teotônio Vilela<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2025/fg340484.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Dep. Carlos Giannazi (Psol)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2025/fg340485.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Débora Silva, representante do Mães de Maio<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2025/fg340486.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Silvia Mónica Cárdenas perdeu o filho ano passado<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2025/fg340487.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo recebeu, na noite desta segunda-feira (10), uma Audiência Pública que tratou das denúncias de violência policial em São Paulo. O evento foi promovido pelo deputado Carlos Giannazi (Psol) e ouviu familiares de vítimas e organizações de defesa dos direitos humanos.

O parlamentar apontou que é papel da Assembleia se colocar em defesa da população e uma audiência pública é oportunidade para receber as denúncias e pressionar as autoridades por providências. "Nós queremos cobrar o Ministério Público, a Defensoria Pública, o Governo Estadual e as organizações internacionais. Para dar voz e vez para os familiares de todas essas vítimas", afirmou.

Justiça

Débora Silva, representante do movimento Mães de Maio, comentou sobre a importância da promoção da Justiça para todas as pessoas. "Nós precisamos dizer que a favela tem pessoas de bem e trabalhadores empobrecidos. Nós não podemos aceitar que o berço dos trabalhadores empobrecidos seja violado, nem com arrombamento de suas casas, nem com execuções", afirmou. O movimento do qual faz parte reúne familiares de vítimas dos assassinatos ocorridos em maio de 2006, fato reconhecido pela Alesp por meio da Lei 14.981/2013.

Beatriz da Silva Rosa, mãe de Ryan, de 4 anos, morto durante uma ação policial em Santos, em novembro de 2024, foi uma das ouvidas pela audiência pública e se emocionou ao se lembrar do filho. "Tiraram o direito da criança de crescer e ser alguém. Hoje as aulas voltaram e para mim foi bem difícil, porque hoje que me deu um estalo: o meu filho não está mais ali."

Em sua fala na audiência, Silvia Mónica Cárdenas, mãe do estudante Marco Aurélio Acosta, que também morreu vítima da violência policial em 2024, criticou a impunidade em casos envolvendo abusos. "Eu exijo, sim, justiça pela morte do meu filho, porque eu pari, e porque ninguém sabe, absolutamente ninguém sabe, a dor que me acompanha todos os dias."

Esperança de pacificação

Por fim, o deputado Giannazi defendeu que uma política de segurança efetiva precisa investir no preparo policial e na garantia de melhores condições de trabalho. "Nós não temos nada contra os policiais que são trabalhadores, que merecem um salário digno, jornadas adequadas e toda assistência física e mental. Mas a polícia está sendo estimulada a matar e isso não pode ser aceito em um processo civilizatório."

Assista a transmissão realizada pela TV Alesp:

Acesse a galeria de fotos da Audiência

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