Em audiência pública na Alesp, especialistas discutem os desafios no combate à leucemia
26/02/2025 18:30 | Fevereiro Laranja | Da Redação - Fotos: Marco A. Cardelino






A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo debateu, em audiência pública nesta quarta-feira (26), a prevenção e o tratamento da leucemia - tipo de câncer no sangue diagnosticado em 2,6 mil paulistas a cada ano (no Brasil são 11,5 mil novos casos). Em parceria com a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), o encontro faz parte das atividades do Fevereiro Laranja, campanha instituída em São Paulo pela Lei 17.207/19, do deputado estadual Thiago Auricchio (PL).
"Fico feliz em, de alguma maneira, ter contribuído com a conscientização sobre a leucemia e a importância do diagnóstico precoce e do tratamento", salientou Auricchio. O parlamentar ressaltou que é crucial ampliar o acesso da população a exames clínicos especializados e a terapias avançadas, especialmente por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Diagnóstico rápido
Nesse ponto, o hematologista Eduardo Rego enfatizou que a alta mortalidade em casos considerados precoces é um dos maiores desafios brasileiros no enfrentamento da doença. "[Isso] decorre muito da demora entre a suspeita clínica, a coleta do hemograma, a entrega desse resultado e o encaminhamento a um centro de especializado. A gente precisa que esse tempo seja encurtado" disse o médico ao lembrar que 23% dos pacientes morrem nos primeiros 30 dias após o diagnóstico.
A desigualdade no acesso ao tratamento é um dos maiores entraves, reforçou o médico Renato Cunha, da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH). Ele argumentou que, mesmo com algumas medicações e exames disponíveis, os desfechos clínicos no Brasil ainda são muito inferiores aos de países desenvolvidos. Cunha defende que o tratamento precisa ser integral e contínuo.
Atenção oncológica
Para a presidente da Abrale, Catherine Moura, melhorar a atenção oncológica vai além de informação e conscientização. "Precisamos melhorar a estruturação das redes de atenção, oferecer o cuidado em tempo oportuno e adequado com relação às terapêuticas para cada paciente diagnosticado com leucemia nesse país", afirmou.
Uma das maiores referências em Hematologia e Oncopediatria do Brasil, a pediatra Adriana Seber defendeu a adoção de um protocolo de atendimento específico para as crianças. "A gente sabe que na leucemia e no linfoma, os pacientes que são tratados rigorosamente dentro de protocolos têm chance maior de cura", destacou.
Governo paulista
A médica hematologista da Fundação Pró-Sangue do Hemocentro de São Paulo, Selma Soriano, ressaltou a importância da doação de sangue para pacientes com leucemia, que frequentemente precisam de transfusões durante o tratamento. Ela informou que o Governo está reestruturando a rede de hemocentros para garantir melhor abastecimento e distribuição de bolsas de sangue.
Já o médico Marcos Ferlin, da Secretaria de Saúde do estado, apresentou dados sobre os transplantes de medula óssea. Segundo Ferlin, São Paulo possui 53 hospitais habilitados para a realização de transplantes. A fila de espera para o procedimento, no final de 2024, registrava 463 pacientes. Atualmente, o sistema de regulação paulista oferta cerca de 100 vagas por mês para avaliação dos pacientes.
Audiência pública
A deputada estadual Bruna Furlan (PSDB), que preside a Comissão de Saúde da Alesp, endossou a relevância da audiência pública. "Sem dúvida uma iniciativa da maior importância na medida em que proporciona um espaço de diálogo e reflexão sobre essa doença que se apresenta na forma aguda ou crônica e exige urgência no diagnóstico para aumentar a possibilidade de bons resultados no tratamento para garantir a melhor qualidade de vida aos pacientes".
Assista à transmissão, pela Rede Alesp, da Audiência Pública:
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