Segundo dia de workshop do ILP convida participantes a exercitarem empatia

Atividades fazem parte de iniciativas do Instituto do Legislativo Paulista, em parceria com a Alesp, para promover inclusão e acessibilidade no ambiente social e de trabalho
27/02/2025 19:29 | Inclusão | Gabriel Eid - Fotos: Larissa Navarro

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Evento aconteceu no Auditório Teotônio Vilela<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2025/fg341090.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Jadson Nunes intérprete e tradutor<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2025/fg341091.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Exercício da empatia<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2025/fg341092.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Dinâmicas práticas<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2025/fg341093.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O Instituto do Legislativo Paulista (ILP), conjuntamente com a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, realizou, nesta quinta-feira (27), o segundo dia do workshop sobre inclusão e acessibilidade, voltado para trazer informação sobre a realidade das pessoas com deficiência. O palestrante convidado foi Jadson Nunes, intérprete e especialista em língua de sinais, tradutor na Câmara Municipal de Itapevi e docente na Escola de Ensino Superior da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

O segundo dia de workshop iniciou com uma apresentação sobre as características e preconceitos enfrentados por pessoas surdas e com deficiência auditiva. Também foram abordados os principais desafios para garantir sua acessibilidade. Um dos aspectos destacados por Nunes foi a perspectiva histórica de como a língua de sinais foi marginalizada ao longo das décadas.

"No ensino, entre o final do século 19 e boa parte do século 20 vigorou a proibição das libras em sala de aula. Inclusive, os estudantes surdos eram sujeitos a castigos físicos se tentassem se comunicar com as mãos e, por consequência, eram privados do direito à educação." Segundo ele, isso só começou a mudar a parte da década de 1980, quando as libras começaram ganhar espaço. A língua brasileira de libras foi oficializada nacionalmente em 2002, através da Lei 10.436

No campo da comunicação, o palestrante reforçou que é necessário a combinação de legendas e de tradução com intérprete de libras em todos os conteúdos. "Muitas pessoas surdas têm dificuldades de leitura. Assim como muitos deficientes auditivos, que perderam a audição depois de adultos, não entendem a língua de sinais", afirmou.

Dinâmicas práticas

A segunda parte do workshop foi marcada por dinâmicas práticas que envolveram os presentes e os convidaram a colocar no lugar das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Vendas, tampões de ouvido e coletes que simulam a obesidade foram alguns dos artigos utilizados. "Isso é acessibilidade atitudinal. A partir do momento que você sente na pele as dores, dificuldades e limitações do outro você começa a se preocupar mais com isso. Isso é crucial para uma sociedade verdadeiramente inclusiva", explicou Nunes sobre a dinâmica.

A escritora Andréa Souza participou da vivência que simulou o dia a dia de uma pessoa cega e achou a experiência impactante. "Eu dei um passo e tive o medo de cair. É uma vivência bem forte de empatia. Você sai dela pensando que vai prestar mais atenção nas pessoas com deficiência, nas suas necessidades e angústias na nossa sociedade", completou.

Confira a galeria de imagens do segundo dia de workshop.

alesp