Alesp lança Frente para impulsionar energias limpas e sustentáveis no estado de São Paulo
15/04/2025 18:39 | Futuro energético | Da Redação - Fotos: Bruna Sampaio





Reforçando o compromisso com um futuro energético mais limpo e sustentável para a população paulista, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo lançou nesta terça-feira (15) a Frente Parlamentar em Prol da Transição Energética. "O propósito é fomentar políticas públicas para a energia de baixo carbono", afirmou o deputado Edson Giriboni (União), coordenador do grupo suprapartidário. A Frente recebeu o apoio de 19 parlamentares até agora, filiados a oito partidos políticos com assento na Casa.
Giriboni ressaltou a diversidade das fontes renováveis de energia no território paulista, destacando hidrelétricas e biocombustíveis (etanol e biogás). "É preciso promover nossas vantagens competitivas em termos de energia limpa e atrair investimentos", salientou. Ele destacou que o estado possui 21 projetos em andamento e quase R$ 20 bilhões em investimentos previstos direcionados para a descarbonização da matriz energética paulista (que já é 59% limpa).
O deputado ainda pontuou que a inovação tecnológica tem sido fundamental para a transição energética, garantindo maior eficiência e viabilidade econômica. Entre as principais inovações, Giriboni elencou o armazenamento de energia, as redes inteligentes, a eficiência energética e a digitalização com a chamada "Internet das Coisas".
Neutralidade do carbono
A subsecretária estadual de Energia e Mineração, Marisa Maia de Barros, informou que o Governo paulista possui um plano de ação climática que visa à neutralidade de carbono até 2050. A estratégia é alicerçada em dois eixos: mitigação e adaptação. "Esse plano não é só uma ferramenta de planejamento do setor público, mas também de previsibilidade para o mercado", realçou a gestora que é ligada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).
Segundo Marisa, o biometano, produzido a partir de resíduos da cana-de-açúcar, representa uma das maiores apostas do Governo estadual para reduzir a emissão de gases do efeito estufa. "Nosso patrimônio que a cana-de-açúcar começou entregando álcool e etanol, hoje entrega também biometano. A gente não fala mais usina de etanol e açúcar, a gente fala de setor sucroenergético", ressaltou a subsecretária.
Metanol e indústrias intensivas
No evento da Alesp, os participantes endossaram que o estado de São Paulo reúne condições ideais para a produção de energias sustentáveis e a atração de investimentos verdes. Entre os temas dos painéis figuraram a transformação de gás carbônico (CO2) em combustível e a estratégia do powershoring (deslocamento de indústrias de alto consumo energético para regiões com energia renovável abundante).
A professora do Instituto de Química da USP, Liane Rossi, lidera a pesquisa para a produção de metanol a partir do CO2, gás responsável pelo aquecimento global. O combustível renovável obtido através do reaproveitamento do carbono fica na forma líquida à temperatura ambiente, o que facilita o armazenamento e o transporte. O metanol é considerado promissor para setores de difícil eletrificação, como o transporte marítimo.
"Assim como aprendemos no passado a usar o carvão como matéria-prima, podemos aprender a usar o CO2 como matéria-prima e criar valor a partir daquilo que a gente não quer emitir para atmosfera", ressaltou Liane.
Já o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB), Jorge Arbache, que participou do evento por videoconferência e tratou do powershoring, destacando que a conjuntura geoeconômica de São Paulo dispõe de pontos estratégicos para consolidar o estado como destino preferencial de indústrias sustentáveis intensivas. Arbache citou, por exemplo, a matriz majoritariamente renovável, a infraestrutura já instalada e a base industrial diversificada.
Outros painéis
O lançamento da Frente Parlamentar em Prol da Transição Energética tem participação de representantes de setores produtivos importantes para o estado de São Paulo como o agronegócio. O diretor da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), Frederico Favacho, acredita que a Frente será uma interlocutora crucial para garantir a segurança jurídica aos investidores do setor energético.
Daniel Furlan Amaral, da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), defendeu que é preciso investir no processamento industrial de vegetais como soja e amendoim. Segundo Amaral, o incentivo ao uso de biodiesel em frotas públicas e as rodovias verdes, além de ajudarem a reduzir as emissões de gás carbônico, podem estimular a agroindústria e baixar o custo da proteína animal.
Ainda participaram do evento da Frente o presidente do Parque Inovação Tecnológica de São José dos Campos, Jeferson Cheriegate, e o representante da companhia PowerChina Brasil, Tharcizio Calderaro. A Frente Parlamentar tem a parceria do Centro Tecnológico Brasileiro (Cetebrás), por meio do conselheiro Clayton Fernandes.
Assista ao evento, na íntegra, na transmissão feita pela Rede Alesp:
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