Professores e alunos debatem reformas no ensino médio em audiência pública na Alesp

Promovida pelo deputado Carlos Giannazi (Psol), reunião entre professores e alunos discutiu reforma de 2017 atualizada pelo Governo Federal em 2024; magistrados denunciam falta de matérias importantes para o vestibular
29/04/2025 18:50 | Educação | Da Redação - Foto: Larissa Navarro

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Comunidade escolar participou da audiência <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2025/fg344051.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Audiência na Alesp debate Educação em SP<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2025/fg344059.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Encontro foi promovido pelo dep. Carlos Giannazi<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2025/fg344050.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo foi palco de uma audiência pública promovida pelo deputado Carlos Giannazi (Psol) para debater reformas no ensino médio. A reunião, realizada nesta segunda-feira (28), reuniu professores e alunos para elencar as principais demandas da comunidade escolar.

O tema central do debate foi a chamada "reforma da reforma", que diz respeito a atualização proposta pelo Governo Federal em 2024 para reformular a carga horária de disciplinas do ensino médio brasileiro, alterada em 2017. A grade continua a ser de 3 mil horas durante os três anos, mas com rearranjos em matérias tradicionais, como português, matemática e biologia.

Carga horária de disciplinas

Uma das principais queixas apresentadas durante a audiência foi, segundo os presentes, a baixa quantidade de aulas de disciplinas de humanas, como filosofia, sociologia e história. De acordo com a professora de Ciência Sociais da Unifesp, Débora Goulart, a falta dessas matérias coloca os alunos da rede pública em uma concorrência desleal com egressos da rede privada.

"Com a reforma, outras disciplinas que entraram têm até quatro vezes mais aulas que a sociologia, que é uma disciplina obrigatória da formação básica. A recomposição da formação básica é pra tentar garantir essa igualdade de condições para que os estudantes tenham, minimamente, condições de poder prestar vestibulares", disse Débora Goulart.

A educadora faz parte da Rede Escola Pública e Universidade (Repu), organização que reúne entidades em prol do ensino público em São Paulo. Este ano, a Repu emitiu uma nota técnica analisando as grades do ensino médio paulista.

"Fizemos uma análise da carga horária que existia antes da reforma de 2017, depois da reforma e agora com a reforma que passou a vigorar em 2025. O que a gente percebeu é que a área de ciências humanas sofreu uma redução em todos os casos", afirmou Débora Goulart. A nota técnica da organização busca fazer com que o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação, faça alterações da grade.

Defesa da Educação

Durante a audiência, professores e alunos de diferentes regiões da Capital também apresentaram suas demandas locais e denunciaram problemas com a falta de professores, aulas e turnos em escolas estaduais.

"Estamos assistindo ao fechamento de salas e de turnos em várias regiões do Estado. Estamos aqui com várias demandas para ajudar a comunidade a entender esse processo e organizar a luta", disse Giannazi.

Confira a galeria de imagens do evento

Assista ao evento, na íntegra, na transmissão feita pela Rede Alesp:

alesp