ChildFund Brasil apresenta, na Alesp, pesquisa sobre riscos da internet para crianças e adolescentes
16/05/2025 18:47 | Alerta | Fábio Gallacci - Fotos: Rodrigo Romeo




A informação é a melhor forma de enfrentar um risco cada vez mais presente nas vidas de crianças e adolescentes ao redor do planeta: os abusos virtuais praticados na internet. Com o objetivo de ter um panorama mais claro sobre a situação no país, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo recebeu, nesta quinta-feira (15), um evento com os integrantes da ChildFund Brasil, organização internacional que atua na defesa dos direitos das crianças e adolescentes em mais de 70 países. A apresentação, proposta pelo deputado André Bueno (PL), serviu como plataforma de lançamento da segunda parte da pesquisa "Mapeamento dos Fatores de Vulnerabilidade de Adolescentes Brasileiros na Internet".
Cerca de 9 mil crianças e adolescentes foram ouvidos - principalmente nas regiões Sudeste e Nordeste. Deste universo, 54% afirmaram já ter sofrido violência sexual no ambiente virtual. Em um quadro nacional mais amplo, isso corresponde a 9,2 milhões de pessoas vítimas de ataques vindos através das telas.
O levantamento apontou ainda que, conforme o avanço da faixa etária, se eleva também o tempo de uso da internet e aplicativos. Em média, os adolescentes brasileiros passam quatro horas por dia conectados, principalmente no celular. Ainda de acordo com os jovens ouvidos, 79% dos hobbies mencionados são ligados ao mundo digital. Instagram e TikTok são os aplicativos mais mencionados. Por outro lado, atividades como lazer ao ar livre ou a prática de esportes surgiram em apenas 21% das respostas.
Apesar de grande parte dos adolescentes garantir ter recebido orientações sobre o uso adequado da internet por pais, responsáveis ou professores, 94% comentaram que não saberiam como proceder em situações de risco de violência ou denunciar esses casos.
Ações parlamentares
"Nós entendemos que a melhor forma de combater a pedofilia, o abuso infantil e de adolescentes é através da informação. Todos os dados sobre esse assunto precisam estar disponíveis aos pais e professores; têm que estar ao alcance de toda a sociedade. Essas informações podem nortear diversos projetos de leis aqui na Casa, por exemplo", comentou o deputado André Bueno. "Precisamos criar uma rede de proteção e buscar informações para entender a origem desse problema. Temos que promover mecanismos e meios de conscientização para que essa realidade mude", acrescentou o parlamentar.
A deputada Marina Helou (Rede), que também é presidente do Comitê Paulista de Prevenção de Homicídios de Crianças e Adolescentes, participou do evento. "Nesse momento que a gente tem a ChildFund, uma organização tão séria, apresentando esse mapa de vulnerabilidades, é fundamental que a gente possa realmente ter um plano, a partir de dados e evidências, de como prevenir a violência contra as crianças adolescentes. Precisamos dar um ambiente saudável para o desenvolvimento deles", disse ela. "Quando a gente fala da defesa do direito das crianças e adolescentes do nosso país, como deputados, temos que pensar em formas de aumentar o Orçamento estadual, fiscalizar o que está acontecendo e garantir a expansão de direitos e o combate a qualquer tipo de violência", reforçou a parlamentar.
Ambiente hostil
Para Maurício Cunha, presidente da ChildFund Brasil, o evento no Parlamento Paulista foi essencial porque trouxe à tona uma questão que é um flagelo da sociedade, que é a violência contra crianças e adolescentes no ambiente digital. "A pesquisa mostra a gravidade do problema e como esse crime vem crescendo exponencialmente. A Alesp foi escolhida para a apresentação da pesquisa porque é a Casa Legislativa do principal estado do Brasil", explicou ele. "A internet é um ambiente hostil. Você deixar uma criança sozinha e sem supervisão no ambiente digital é o mesmo que largá-la para atravessar a Avenida Paulista por conta própria. É mais ou menos isso que a gente faz. Por isso, precisamos de políticas públicas. Espero que São Paulo dê o exemplo", completou o representante da organização.
Escolas
Recentemente, a Lei 18.058/24 - aprovada em plenário na Alesp e sancionada pelo Executivo - passou a proibir a utilização de celulares e outros dispositivos eletrônicos pelos alunos nas unidades escolares da rede pública e privada de ensino no âmbito do Estado de São Paulo. Essa medida, de acordo com Cunha, é um passo importante na proteção da juventude paulista.
Assista ao evento da ChildFund Brasil, na íntegra, em transmissão da Rede Alesp:
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