Transição alimentar saudável é tema de ato solene sobre emergência climática
10/06/2025 18:34 | Meio Ambiente | Fernanda Franco - Fotos: Carol Jacob





"Somos a última geração com poder de escolha antes do ponto sem retorno". O alerta veio da jornalista e fundadora da Agência de Notícias de Direitos Animais (Anda), Silvana Andrade, que, presente no ato solene desta segunda-feira (9), reconheceu o momento atual como o mais crítico da humanidade devido às mudanças climáticas.
Foi com o propósito de debater projetos e propostas para ampliar a conscientização e a ação em defesa da sustentabilidade no estado que a Assembleia Legislativa de São Paulo, por iniciativa do deputado Maurici (PT), sediou um ato solene sobre emergência climática e soluções para um futuro mais justo. O evento integra a Semana do Meio Ambiente e reuniu ativistas, especialistas e organizações sobre o tema.
"As mudanças climáticas têm dois grandes vilões: a emissão de carbono e o desmatamento. O desflorestamento no Brasil está ligado à criação extensiva de gado e à produção de monocultura, ambos, por sua vez, têm muita relação com a indústria de alimentos ultraprocessados", pontuou Maurici.
O deputado vê o ato solene como uma forma de reflexão e preparação do debate para a COP 30, que acontecerá pela primeira vez no Brasil, em Belém. "Discutir alimentação saudável tem muito a ver com a discussão do futuro do planeta e com a questão da emergência climática que é o grande tema da COP 30", disse.
Plantar outras ideias
Silvana Andrade também discursou no evento em nome do Plant Based Treaty, um tratado internacional baseado no acordo de Paris que propõe a transição alimentar para dietas vegetais como solução à emergência climática. "A transição global para dietas baseadas em vegetais é uma das estratégias mais eficazes para enfrentar o colapso climático", defendeu.
"Em São Paulo, o avanço do uso de agrotóxicos contamina o solo, a água e mata a biodiversidade. Não podemos combater as mudanças climáticas com meias medidas, precisamos de políticas públicas ambiciosas e transformadoras", disse.
Mudança de paradigma
Apesar das muitas soluções tecnológicas em desenvolvimento para mitigar os impactos das mudanças climáticas, o professor e ambientalista, Gabriel Bitencourt, pontua que mudar o que se coloca no prato é algo que se pode começar hoje. "Adotar uma alimentação mais baseada em vegetais não é apenas uma escolha ética ou de saúde, é um ato político, ecológico e urgente", apontou.
Bitencourt também reconhece que a mudança de hábitos individuais precisa estar acompanhada de transformações estruturais e que governos, empresas, instituições precisam assumir responsabilidades, como implementar políticas públicas eficazes de taxar o que polui e incentivar o que regenera. A ideia é compartilhada por Andrade. "É hora de romper com o paradigma que nos ensinou a dominar, explorar e consumir de forma insustentável", afirmou.
É repensando a relação humana com a alimentação, os animais e com o planeta que o ambientalista propõe se fazer uma pergunta desconfortável, porém essencial: "Estamos dispostos a mudar nossos hábitos para salvar o planeta?".
Assista ao ato solene, na íntegra, na transmissão feita pela Rede Alesp:
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