Região Metropolitana de Campinas completa 25 anos como uma das lideranças no desenvolvimento do país

Criado após aprovação da Alesp em junho de 2000, bloco com 20 municípios e uma população com cerca de 3 milhões de habitantes é referência na indústria, tecnologia e diversidade agrícola
19/06/2025 08:00 | Força | Fábio Gallacci - Fotos: Acervo Agemcamp

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Cidade de Campinas<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2025/fg347703.jpeg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Ponte estaiada de Hortolândia<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2025/fg347704.jpeg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Indústria têxtil de Americana<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2025/fg347705.jpeg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Cidade de Sumaré<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2025/fg347706.jpeg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Paulínia tem o maior polo petroquímico do país<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2025/fg347719.jpeg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Holambra é o maior produtor de flores do Brasil<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2025/fg347720.jpeg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Túnel de bambu em Morungaba<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2025/fg347721.jpeg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Região Metropolitana de Campinas completa 25 anos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2025/fg347699.png' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Há 25 anos, exatamente no dia 19 de junho de 2000, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo criava de forma oficial a Região Metropolitana de Campinas (RMC). A Lei Complementar 870 permitiu o nascimento de um dos blocos mais fortes do país em termos de economia. Atualmente com 20 municípios integrados e mais de 3 milhões de habitantes, o grupo mescla capacidade de produção de nível internacional, alta tecnologia, formação de mão de obra qualificada e variedade agrícola que a coloca em posição de destaque no estado.

No primeiro trimestre deste ano, a RMC registrou alta de seu Produto Interno Bruto (PIB) de 3,2%. Esse patamar é maior que o alcançado por 21 estados brasileiros e o Distrito Federal. Neste período, o PIB da região localizada no Interior paulista foi de R$ 105,3 bilhões.

Para um futuro a médio prazo, com a instalação do Trem Intercidades, uma ligação mais ágil com a Capital e suas cidades vizinhas promete consolidar dois personagens que já são lideranças brasileiras. "A Região Metropolitana de Campinas é altamente estratégica em vários sentidos, principalmente devido à sua localização no estado de São Paulo. Ela funciona como um importante hub de distribuição territorial, sendo responsável por grande parte do escoamento da produção estadual com destino ao porto de Santos, por exemplo. A região também possui grande relevância logística em nível nacional, e até para o exterior, destacando-se pelo Aeroporto Internacional de Viracopos", aponta Eliziário Ferreira Barbosa, diretor executivo da Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp), autarquia estadual vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação.

Ainda de acordo com Barbosa, a RMC abriga polos tecnológicos e industriais estratégicos, bem como centros educacionais voltados ao desenvolvimento de pesquisas de alto impacto social e tecnológico - com destaque para a Unicamp, considerada uma das melhores universidades da América Latina. "A RMC também se sobressai na produção agronômica e pecuária, com destaque para a Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária], a Cati [Coordenadoria de Assistência Técnica Integral] e o Ital [Instituto de Tecnologia de Alimentos]. Além disso, em Paulínia, temos o maior polo petroquímico do Brasil, e um dos maiores do mundo", acrescenta o diretor.

Como se não bastasse, Barbosa lembra que a RMC tem outra especificidade importante, como a Estância Turística de Holambra, o município que é o maior produtor de flores do Brasil e um dos maiores da América Latina.

Na agenda da Alesp, ainda está para ser debatido e votado o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI) da RMC, que estabelece de comum acordo entre os 20 municípios as diretrizes para o desenvolvimento regional na próxima década. Há também o projeto metropolitano "Reconecta", que visa a criação de corredores ecológicos para garantir a conectividade ambiental entre os municípios da região, promovendo a preservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável.

"O apoio dos parlamentares da Alesp sempre foi, e continua sendo, fundamental para o desenvolvimento da RMC. Cada vez mais, a região se destaca e contribui para o desenvolvimento da população metropolitana, do estado e do país, refletindo seus resultados e potencialidade no Brasil e no mundo", conclui o diretor da Agemcamp.

Motor

Uma das formas de apoio do Parlamento Paulista à RMC vem através da Comissão de Assuntos Metropolitanos e Municipais, onde a deputada Ana Perugini (PT) é vice-presidente. "A Região Metropolitana de Campinas é a segunda maior do estado e a décima do país, com polos consolidados de pesquisa e tecnologia, logística privilegiada e rodovias importantes como Anhanguera, Bandeirantes e Dom Pedro, além do Aeroporto de Viracopos", pontua a parlamentar.

"Tudo isso contribui para a geração de um PIB que cresce mais do que as médias estadual e nacional e destaca a região como um centro diversificado de produção que vai de alimentos a medicamentos, produtos têxteis, máquinas e veículos. Pela riqueza do seu povo, constituído por migrantes de várias partes do Brasil, a RMC é um dos motores da economia e da produção científica nacional", afirma a deputada.

"Nosso desafio enquanto representantes dos moradores e moradoras é garantir que parte dessa riqueza seja revertida em políticas públicas que melhorem a qualidade de vida, que fortaleçam a rede pública de saúde; melhorem a estrutura das escolas, a qualidade do ensino e ampliem a inclusão; garantam transporte público eficiente, desenvolvimento sustentável e o combate à fome e a todas as formas de violência", reforça Ana Perugini.

"Nessa Legislatura, demos um passo histórico no Parlamento ao aprovarmos a implantação do Trem Intercidades. Mas, por outro lado, chamamos a atenção para a necessidade de discutirmos a expansão de praças de pedágio. Isso aumenta o custo da produção e comercialização. Os pedágios não podem ser muros que impeçam a integração e o desenvolvimento entre as cidades da RMC", opina a deputada.

Ana Perugini também cita demandas urgentes ligadas ao transporte público. "Principalmente, em relação ao tempo de espera nos pontos de ônibus, provocado pela redução de linhas e veículos. A população e seus representantes têm o direito de cobrar melhorias", diz ela.

A vice-presidente da Comissão de Assuntos Metropolitanos e Municipais da Alesp ainda ressalta que é preciso discutir a preservação de mananciais e rios que compõem as bacias hidrográficas e alternativas para produção de água. Hoje, parte da Grande São Paulo e a região de Campinas, por exemplo, dependem do Sistema Cantareira, construído nos anos 1970, para o abastecimento doméstico e industrial.

"Quanto à questão hídrica, de modo concreto, propusemos através do Projeto de Lei 713/2024 a criação da Área de Preservação Ambiental da Serra dos Cocais. Esta APA abrange uma área de 13,3 mil hectares, situada entre as cidades de Itatiba, Louveira, Valinhos e Vinhedo e, entre outros benefícios, contém cavernas, nascentes e ribeirões que são fundamentais para o abastecimento da RMC", completa a parlamentar.

Potência

Participante efetivo da criação da RMC e já tendo presidido o Conselho de Desenvolvimento da região enquanto prefeito de Sumaré, em 2004, o deputado Dirceu Dalben (Cidadania) afirma que são 25 anos de uma das principais potências do país. "Fico muito honrado pela oportunidade de contribuir com o importante papel que a Alesp tem desempenhado no fortalecimento da RMC, especialmente por meio da aprovação de projetos que impulsionam a infraestrutura e melhoram a qualidade de vida na região", comenta Dalben.

"Como coordenador da Frente Parlamentar de Apoio ao Transporte Ferroviário, posso citar como exemplo significativo a autorização do financiamento para a execução do Trem Intercidades", destaca o parlamentar, que também aponta a importância da realização de audiências públicas nos municípios, que possibilitam à população local a discussão direta e conjunta da elaboração do Orçamento Estadual.

Líder

Para o deputado Ricardo França (Podemos), outro que representa a região no Parlamento, é fundamental destacar o papel de referência da RMC para a Educação e a Saúde. "Temos universidades de ponta, que formam os melhores profissionais do país em diversas áreas. Além disso, é referência no mundo em pesquisa e inovação. Só a Unicamp, por exemplo, é responsável por 8% da pesquisa acadêmica no Brasil, sendo a líder em patentes entre todas as universidades brasileiras", lembra.

França cita ainda o Centro de Atenção Integrada à Saúde da Mulher (Caism), da mesma Unicamp, e o Boldrini, hospital referência no tratamento oncológico infantil, como locais que receberam verbas para fortalecer ainda mais seus atendimentos nos últimos anos.

"Isso mostra como a Alesp tem atuação fundamental para o desenvolvimento da região, fazendo com que a qualidade de vida da população seja cada vez melhor", completa o deputado.

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