História de mulheres negras brasileiras é apresentada em exposição na Alesp
18/08/2025 19:25 | Legado | Da Redação - Fotos: Bruna Sampaio






Em parceria com o Ministério da Cultura, a Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo e o Catavento Cultural e Educacional, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo recebe, a partir desta segunda-feira (18), a exposição "O Legado das Personalidades Negras no Brasil: Força, Conquista e Influência".
A mostra, que faz parte do projeto Fábricas de Cultura, conta, por meio de quadros feitos com técnica de grafite, um pouco da história de dez ilustres mulheres que marcaram as mais diversas áreas da sociedade brasileira. Para a realização das obras, foram convidadas dez grafiteiras para representar o legado dessas figuras. Além do quadro, a exposição traz um QR code, por meio do qual o visitante pode ler sobre a trajetória de cada uma das mulheres.
A exposição está aberta ao público até o próximo dia 29 no Espaço Heróis de 32, Palácio 9 de Julho, das 8h às 20h, com entrada gratuita.
Legado
Conceição Evaristo, por Babi Lopes: Nascida em 1946 em Minas Gerais, Conceição Evaristo é escritora, poetisa e pesquisadora. É conhecida pela sua contribuição para a literatura brasileira contemporânea, dando voz a experiências das mulheres negras e das comunidades afro-brasileiras.
Entre suas obras mais conhecidas estão "Ponciá Vicêncio", "Becos da Memória" e "Insubmissas Lágrimas de Mulheres". Recebeu inúmeras premiações e honrarias, incluindo o Prêmio Jabuti, um dos mais importantes prêmios literários do Brasil.
Maria Carolina de Jesus, por Grafiteira Quel: Maria Carolina de Jesus é uma das mais emblemáticas escritoras do século 20 no Brasil. Nascida em 1914, Maria Carolina é muito conhecida pela obra "Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada". O livro traz uma coletânea de trechos de diários, nos quais ela descreve sua vida, suas lutas diárias, suas observações sobre a pobreza e a desigualdade social, bem como suas aspirações e sonhos.
Madrinha Eunice, por Grafiteira Caluz: Nascida em 1909 em Piracicaba, Deolinda Madre é fundadora da mais antiga escola de samba em atividade da Capital paulista e é considerada uma das pioneiras do movimento cultural no estado. A Sociedade Recreativa Beneficente Esportiva da Escola de Samba Lavapés Pirata Negro é um símbolo do carnaval paulistano e nasceu do batuque de umbigada, manifestação cultural negra, onde Madrinha Eunice teve sua iniciação musical.
Elza Soares, por Grafiteira Tia Bob: Elza Soares é uma das maiores cantoras e compositoras da história do país. Nascida em 1930, ela é dona de uma voz inconfundível e conhecida pela versatilidade musical e trajetória de vida inspiradora, superando desafios como o racismo e a violência doméstica. Cantando samba e música popular brasileira, eternizou músicas como "A Mulher do Fim do Mundo", "Se Acaso Você Chegasse", "Luz Vermelha" e "Grito de Alerta" no imaginário do país.
Enedina Alves Marques, por Grafiteira Negana: Filha de doméstica, Enedina Alves Marques foi criada na casa da família do delegado e major, Domingos Nascimento Sobrinho, quem a matriculou na Escola Particular da Professora Luiza Dorfmund, onde foi alfabetizada. Trabalhou como professora e se formou engenheira civil em 1945 na Faculdade de Engenharia da Universidade do Paraná.
A partir daí, fez carreira na engenharia, integrando departamentos de Estado e participando de importantes obras para o Paraná nas áreas de água e energia. Aposentou-se em 1962, recebendo o reconhecimento do governador paranaense Ney Braga.
Maria Firmino, por Grafiteira AZ Brasil: Maria Firmina dos Reis, nascida em 1825, foi uma importante escritora, poetisa e educadora brasileira. Ela é conhecida por ser a autora de "Úrsula", considerado o primeiro romance abolicionista da literatura brasileira. A obra, publicada em 1859, aborda questões de escravidão, preconceito racial e a luta pela liberdade, critica a sociedade escravocrata da época e defende a emancipação dos escravos.
Ruth de Souza, por Grafiteira Rizka: Nascida em 1921, a atriz Ruth de Souza é uma das pioneiras do teatro e do cinema no Brasil. Ela foi a primeira atriz negra a atuar no Teatro Experimental do Negro, companhia de teatro fundada por Abdias do Nascimento em 1944, que teve papel significativo na promoção da igualdade racial nas artes cênicas brasileiras. Atuou em filmes importantes como "Também Somos Irmãos" (1949) e "Sinhá Moça" (1953).
Glória Maria, por Grafiteira Lais da Lama: Uma das mais famosas jornalistas e apresentadoras da televisão brasileira Glória Maria teve uma carreira de destaque, principalmente, na TV Globo. O carisma e a forma que conduzia as reportagens nos mais diferentes países do mundo, fizeram com que Glória Maria conquistasse o coração dos brasileiros e se tornasse um símbolo do jornalismo no país.
Antonieta de Barros, por Grafiteira Faty: Primeira mulher negra a ser eleita deputada estadual no país, Antonieta de Barros nasceu em 1901 e lutou pelos direitos das mulheres, dos negros e dos menos privilegiados. Antonieta foi professora e jornalista, sendo eleita em 1934 para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina, dois anos após as mulheres conquistarem o direito de votar e se candidatar.
Maria Quitéria, por Grafiteira Nany Dias: Nascida em 1792 na Bahia, Maria Quitéria de Jesus foi uma militar brasileira que participou ativamente da luta pela independência do Brasil no século 19. Ela se alistou no Exército Brasileiro disfarçada de homem, em uma época em que a presença feminina nas fileiras militares ainda era proibida. Combateu as forças portuguesas na Guerra da Independência do Brasil, que aconteceu entre 1822 e 1824.
Serviço
Exposição O Legado das Personalidades Negras no Brasil: Força, Conquista e Influência
Data: de 18 a 29 de agosto
Local: Espaço Heróis de 32 - andar térreo
Endereço: Palácio 9 de Julho - Av. Pedro Álvares Cabral, 201 - Ibirapuera - SP
Entrada gratuita
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