Violência contra profissionais de enfermagem é debatida em audiência pública na Alesp

Representantes da classe denunciaram casos de agressão e fizeram demandas para melhor qualidade de trabalho
04/09/2025 17:07 | Proteção a trabalhadores | Louisa Harryman - Fotos: Rodrigo Costa

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Audiência pública reuniu centenas de profissionais<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2025/fg352013.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Audiência pública reuniu centenas de profissionais<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2025/fg352025.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Fábio Faria de Sá: qualidade de atendimento<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2025/fg352026.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Sérgio Cleto: falta de denúncias<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2025/fg352011.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Wagner Batista: mais do que números<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2025/fg352012.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Fernando Vieira: políticas públicas e protocolos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2025/fg352027.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputado Dr. Elton<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2025/fg352028.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputado Paulo Fiorilo <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2025/fg352029.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputado Guilherme Cortez<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2025/fg352030.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Lilian Behring<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2025/fg352031.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Jefferson Caproni<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2025/fg352032.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Nos últimos três anos, mais de 80% dos profissionais de enfermagem sofreram algum tipo de violência, segundo dados do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP). É neste cenário preocupante que a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo recebeu, nesta quarta-feira (3), centenas de representantes da classe para discutir medidas de segurança e proteção.

A audiência pública foi iniciativa do deputado Fábio Faria de Sá (Podemos). "Dados recentes mostram que esses profissionais enfrentam vários tipos de agressões, além das ameaças dentro dos serviços de saúde. Essa realidade fere não apenas os trabalhadores, mas também compromete a qualidade do atendimento à população", destacou o parlamentar.

O presidente do Coren-SP, Sérgio Cleto, enfatizou a falta de denúncias de casos de violência, muitas vezes por medo ou sensação de insegurança "Hoje não dá mais. Nós realmente chegamos no momento de falar basta. A violência contra os profissionais de saúde, contra a enfermagem que está na linha de frente, é inadmissível", reiterou.

Para garantir a segurança de toda a classe, o conselho possui uma comissão especial de enfrentamento a violência. "Nós nos dedicamos à análise de dados, à escuta da categoria e à construção de estratégias que envolvam instituições de saúde, gestores públicos e a sociedade. Mais do que números, estamos falando de pessoas que, ao sofrer violência, têm sua dignidade e sua capacidade de cuidar comprometidas", afirmou o 1º secretário e coordenador da comissão, Wagner Batista.

Mais de 660 mil profissionais de enfermagem estão cadastros no Coren-SP, entre eles 365 mil técnicos e 272 mil auxiliares.

Reivindicações e segurança pública

Conselheiro do Coren-SP e representante do quadro de técnicos e auxiliares, Fernando Henrique Vieira destacou que muitas vezes os agentes públicos de segurança não estão preparados para atender as vítimas. "Precisamos ter políticas públicas e protocolos dentro das instituições para acolher os profissionais de enfermagem", defendeu.

Segundo o conselheiro Valdenir Mariano, uma das causas pelas quais sete a cada dez vítimas não denunciam a violência é a forma como são tratadas pelos agentes de segurança. "Uma das maiores demandas que os profissionais relatam para nós é que, quando vão até os serviços de segurança pública, muitas vezes, são colocados de lado, esquecidos. Já estão com constrangimento psicológico porque foram agredidos, e, quando vão registrar, acabam sofrendo uma segunda agressão", refletiu.

Outras demandas da classe são espaço digno para descanso, isenção de pedágios para os profissionais de enfermagem que trabalham em mais de dois empregos e que os munícipios respeitem o piso salarial da profissão.

Além dos citados, também estiveram na mesa os deputados Dr. Elton (União), Guilherme Cortez (Psol), e Paulo Fiorilo (PT); Lilian Behring, presidente do Coren-RJ e deputada estadual do Rio de Janeiro; e Jefferson Caproni, presidente do Sindicato da Saúde de São Paulo (Sinsaudesp).

Assista à audiência pública, na íntegra, na transmissão feita pela Rede Alesp:

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