A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo recebe a exposição "ContinuAR - Sob os escombros, a vida" até o próximo dia 9. Solicitada pela deputada Maria Lúcia Amary (PSDB), a mostra reúne fotografias e relatos que revelam os impactos físicos e emocionais da fibrose pulmonar na vida de nove pacientes e como a fé e a família ajudam a enfrentar a doença. A entrada é gratuita e a exposição fica aberta ao público no Espaço Heróis de 32, no térreo do Palácio 9 de Julho.

Realizada pela Associação Brasileira de Apoio à Família com Hipertensão Pulmonar e Doenças Correlatas (Abraf), a proposta da exposição é comparar a percepção do diagnóstico da fibrose pulmonar com a devastação causada por desastres naturais: imprevisíveis, arrasadores e capazes de mudar a vida de uma pessoa em um instante. Com isso, o público é convidado a refletir sobre a vulnerabilidade humana diante da fibrose pulmonar e a capacidade de resistência.

Uma dessas pessoas é Ronaldo, de 50 anos. Ele conta que a doença veio como um "tsunami" e interrompeu o sonho de viver no exterior. "O que me dá forças para continuar é Deus. Também quero continuar pela minha família, estar junto e vê-la crescer e vencer na vida", contou.

Também participante, Ana Paula, de 45 anos, relata que a notícia do diagnóstico da fibrose pulmonar veio como uma tempestade. Ela considera o transplante como uma possibilidade de melhoria de qualidade de vida. "O que me faz continuar é minha fé e minha família", disse.

O que é a fibrose pulmonar?

Silenciosa no início, a fibrose pulmonar é uma doença pulmonar crônica caracterizada pelo endurecimento e cicatrização do tecido dos pulmões. A condição, que ainda possui causas misteriosas em muitos casos, afeta a capacidade respiratória e compromete a qualidade de vida dos pacientes.

Os sintomas da fibrose pulmonar surgem de forma lenta e progridem com o tempo, o que, muitas vezes, dificulta o diagnóstico precoce. Falta de ar, tosse seca, fadiga, perda de peso e alteração nas pontas dos dedos, que ficam mais arredondadas e com unhas curvadas (baqueteamento digital) são os sinais mais comuns.

O diagnóstico inclui exames como tomografia computadorizada de alta resolução, testes de função pulmonar, gasometria e, em alguns casos, biópsia do pulmão. Apesar de não haver cura, há tratamentos que ajudam a controlar a progressão da doença e aliviar os sintomas.

Serviço

Exposição "ContinuAR - Sob os escombros, a vida"

Data: até 9 de outubro

Local: Espaço Heróis de 32 - térreo

Endereço: Palácio 9 de Julho - Av. Pedro Álvares Cabral, 201 - Ibirapuera - SP

Entrada gratuita

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