Solenidade na Alesp celebra 85 anos do Sindicato dos Professores paulistanos
03/10/2025 15:57 | Homenagem a docentes | Da Redação - Fotos: Rodrigo Romeo







A Assembleia Legislativa de São Paulo realizou, nessa quinta-feira (2), uma Sessão Solene em tributo aos 85 anos do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP), entidade que representa cerca de 50 mil docentes da rede privada da capital paulista. O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL), que presidiu a cerimônia, realçou a postura combativa do sindicato na defesa dos direitos trabalhistas e da dignidade profissional da categoria, como também no engajamento histórico em favor da democracia e da soberania nacional.
"O Sinpro sempre teve uma postura crítica em relação a vários temas, nacionais e internacionais. É uma das entidades mais combativas hoje no Brasil", afirmou o parlamentar, que já foi filiado ao sindicato, cuja base agrega professores da educação básica ao ensino superior. Giannazi enfatizou ainda que o movimento sindical teve papel decisivo na organização e mobilização da classe trabalhadora.
Agradecendo a homenagem, o presidente do Sinpro-SP, Celso Napolitano, resumiu a atuação da entidade em uma palavra: luta. "Para nós professores, a luta também é matéria de se ensinar. É o que nos define e nos diferencia", afirmou. Ele ressaltou o fato de o sindicato manter a taxa de sindicalização superior à média nacional - 30% contra 13% - e contar com uma estrutura financeira sólida, apesar do "estrangulamento sindical perpetrado pelo governo Temer", com o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical.
Resistência à ditadura
Ao resgatar a trajetória do Sinpro, a professora Madalena Peixoto, coordenadora de Assuntos Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), salientou que o grupo atravessou diferentes conjunturas políticas - incluindo o Regime Militar de 1964 - até se consolidar, após o período ditatorial, como uma "entidade representativa democrática" comprometida com a preservação e a ampliação de direitos trabalhistas e sindicais.
Desafios atuais
Em seu discurso, Celso Napolitano também abordou desafios atuais enfrentados pelo setor educacional, como a regulamentação do ensino à distância (EAD) e o predomínio de grupos econômicos no segmento. "Esses não estão visando apenas o lucro. Eles deterioram a educação que é oferecida nesse país", criticou o sindicalista. Ele ainda condenou os sistemas de ensino baseados em apostilas padronizadas por massificar o ensino e formar trabalhadores operacionais sem pensamento crítico.
O presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), César Callegari, defendeu que a melhoria da educação passa, necessariamente, pela qualidade na formação dos professores. Segundo ele, 70% dos professores da educação básica no Brasil obtiveram a licenciatura em cursos superiores à distância. "Isso precisa mudar", sublinhou Callegari ao defender a formação de uma nova geração de professores conectada com os desafios da contemporaneidade.
A deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP) e o vereador paulistano Celso Giannazi (PSOL) também se manifestaram contrários ao domínio de conglomerados privados no setor, com a consequente precarização das escolas e o uso abusivo do EAD. "A educação se tornou uma mercadoria nas mãos desses mercenários capitalistas", disse o vereador, integrante da Comissão de Educação da Câmara Municipal de São Paulo.
O evento na Alesp também contou com o lançamento da quinta edição da revista Giz, publicação semestral do Sinpro-SP, e com a apresentação do Coral Contraponto.
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