Educação e Segurança Pública são temas predominantes no Plenário da Alesp nesta terça-feira, 15

Compra de material digital pelo Governo do Estado e delegado da Polícia Federal baleado no Guarujá foram assuntos abordados pelos parlamentares
15/08/2023 19:16 | Legislativo | Fábio Gallacci - Fotos: Rodrigo Romeo

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Educação e Segurança Pública foram os temas predominantes no Plenário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo no Expediente desta terça-feira (15). A compra de livros digitais por parte do Executivo e a ação policial que deixou um delegado da Polícia Federal baleado na cabeça no Guarujá foram os assuntos mais mencionados na tribuna pelos parlamentares.

O deputado Luiz Claudio Marcolino (PT), vice-presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento (CFOP) da Alesp, também aproveitou seu tempo para apresentar os resultados das primeiras audiências públicas do grupo pelo Interior, onde estão sendo discutidas as demandas da população em relação ao Orçamento do Estado para 2024.

Livros

Os trabalhos começaram com o deputado Reis (PT) fazendo críticas à informação, publicada no Diário Oficial do Estado e veiculada pela imprensa, de que o Governo paulista vai comprar cerca de 200 milhões de livros digitais sem licitação. Serão investidos R$ 4,5 milhões por 68 títulos. O atual secretário da Educação do Estado, Renato Feder, foi o alvo de críticas.

"O secretário está transformando as atividades de Educação em negócios para os seus amigos empresários e sua própria empresa. Nada contra o digital, mas há pesquisas que apontam que o aprendizado vai muito bem com o livro impresso", comentou Reis.

O colega de partido, Simão Pedro, deu continuidade ao assunto. "O secretário Feder resolveu abandonar o convênio com o Governo Federal para receber livros didáticos. Mais um escândalo que, infelizmente, atinge uma área vital, importante, delicada, que é a educação de nossos jovens e crianças. As escolas não têm computador e quando têm internet, ela não funciona. A sociedade inteira está reprovando esse secretário, por que não demite logo? Essa Casa tem que tomar uma atitude", afirmou o parlamentar.

"Lutar pelo livro didático não é uma disputa de braço. O Programa Nacional do Livro Didático tem 85 anos no Brasil e, pela primeira vez, o Estado de São Paulo vai ficar de fora. Isso é exclusão, segregação, e nós não podemos aceitar. A micropolítica não pode interferir na qualidade do ensino", reforçou a deputada Professora Bebel (PT).

Guarujá

Já o Capitão Conte Lopes (PL) ocupou a tribuna mencionando a ocorrência de horas antes no bairro Cachoeira, no Guarujá, quando o delegado federal Thiago Selling Cunha foi baleado na cabeça em confronto com criminosos no Litoral. O deputado pediu ao governador o uso dos integrantes da Rota [Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, grupo de elite da PM paulista] para enfrentar o crime organizado na Baixada Santista. "Se a Rota estiver atuando, o bandido foge. Pega essas câmeras e joga fora. Para combater a lei do cão, só quem tem apetite para enfrentar", disse Lopes.

O deputado Capitão Telhada (PP) reforçou a preocupação com a situação no Litoral. "Mais um policial baleado por terroristas que protagonizam cenas de violência há décadas no Guarujá e municípios vizinhos", lamentou ele. "A vida de um policial não é igual a de um bandido que está traficando e roubando. O policial sai de casa para defender a sociedade, a democracia, o cidadão de bem e trabalhador, que merece uma polícia bem equipada, profissional e técnica", acrescentou o parlamentar.

Telhada trouxe números atualizados da Operação Escudo, realizada no Guarujá desde o final de julho. Já foram 426 presos, sendo 153 foragidos da Justiça, 18 adolescentes apreendidos, 58 armas apreendidas e 863 quilos de drogas localizados. O deputado ainda trouxe uma pesquisa da Fundação Seade sobre a mesma operação, na qual 82% dos paulistas ouvidos que sabiam sobre Operação Escudo mostraram apoio à ação. "Isso mostra que o Governo de São Paulo e a Polícia Militar e Civil estão no caminho certo em combater o narcotráfico e levar proteção e paz ao cidadão de bem. Hoje, mais uma notícia de um policial baleado. A resposta tem que continuar sendo dada", disse ele.

Gil Diniz (PL) também falou sobre o delegado baleado do Guarujá e reforçou o discurso contrário às câmeras nos uniformes, seguido pelo colega de partido Major Mecca. "Nós precisamos escolher de que lado estamos: dos policiais ou criminosos? Hoje, no cenário em que atuam os policiais militares do Estado de São Paulo, essas câmeras são utilizadas em prejuízo do policial e da população de bem. Essas câmeras, hoje, servem para punir o policial por algo que ele não fez", criticou Mecca.

Audiências da CFOP

O deputado Luiz Claudio Marcolino (PT), vice-presidente da CFOP, tratou das primeiras audiências públicas pelo Interior. Na pauta dos encontros com a população, as demandas para serem incluídas no Orçamento Estadual do próximo ano. "Nas seis audiências que ocorreram até agora, temos ouvido de muitos prefeitos e vereadores que houve uma redução nos investimentos do Governo do Estado em todos os municípios paulistas", comentou Marcolino.

Ele apontou números para ilustrar o que disse. Na região de Araçatuba, por exemplo, foram empenhados R$ 393 milhões em 2022. Para 2023, no primeiro semestre, o investimento foi de R$ 199 milhões, uma queda de 194%. Na região de Bauru, foram investidos R$ 406 milhões no ano passado e R$ 122 milhões até o momento em 2023. "Para as cidades da região de Campinas, os R$ 1,09 bilhão do ano passado são R$ 329 milhões agora de valor empenhado. O Governo tem caixa, mas os recursos não estão chegando", apontou o deputado.


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