Reforma do Hospital Emílio Ribas é discutida em audiência










Uma das maiores instituições de saúde do Estado de São Paulo, o Hospital Emílio Ribas é considerado hoje o maior hospital de infectologia da América Latina e o principal centro de cuidado ao paciente que convive com HIV.
O plenário Tiradentes na Assembleia paulista recebeu na noite da última quarta-feira (5/6) audiência pública para discutir relatos sobre o que seria a situação atual da instituição " como a falta de medicamentos para os pacientes.
"Falta dipirona para os pacientes, está muito difícil. Estão falando da reforma, mas faltam muitos medicamentos de baixo custo para nós pacientes", indignou-se José Marcionilho, paciente do hospital.
Há 27 anos Abel Corino da Fonseca Neto é paciente do Hospital Emílio Ribas e tem medo do que pode acontecer. "Deve começar a faltar antirretroviral, em um momento em que as infecções de jovens entre 15 a 24 anos aumentam. É preocupante.
Os funcionários também estão preocupados. Segundo eles, o local está sucateado e há ameaça de fechamento, em especial, caso após a reforma e ampliação, o governo do estado de não tiver condições de bancar o patrimônio.
Como será?
A reforma atual já dura cinco anos e já consumiu R$ 160 milhões de reais, com previsão de gasto de mais R$ 40 milhões até seu término. "E quando essa obra terminar o hospital terá uma maior demanda de dinheiro para custeá-lo, vai precisar de um quantitativo maior de recursos humanos: médicos, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos de enfermagem para fazer o hospital funcionar. Só que vivemos um momento em que a saúde passa por um contingenciamento de recursos ao mesmo tempo em que o estado não libera contratação de servidores públicos. Por conta disso fica o questionamento de como o hospital funcionará após a obra?", questionou Eder Gatti, presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo.
Com o fim da obra, os leitos devem passar de 120 para 250, porém o governo do estado não abre concurso público para o local há 20 anos. Essa é uma das preocupações de Cleonice Ribeiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde do Estado de São Paulo (Sindsaúde).
"Não tem quadro suficiente de trabalhadores para dar esse suporte para a população. Por isso viemos aqui para entender como será. O Sindsaúde está fazendo um dossiê da saúde de todos os equipamentos do estado para mostrar como o governo trata a população", revelou.
Por tudo isto os pacientes e os profissionais da instituição vieram buscar apoio na Assembleia para fiscalizar as obras e a administração do local. O deputado Carlos Gianazzi (PSOL) afirmou que irá ouvir todas as partes envolvidas e levar a questão para as instâncias cabíveis.
"Primeiramente iremos debater e ouvir os servidores públicos, pacientes e médicos para depois fazer encaminhamentos ao Tribunal de Contas, ao Ministério Público, à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa para que as providências sejam tomadas e o hospital resgatado", finalizou o parlamentar.
O Instituto de Infectologia Emílio Ribas é uma instituição pública e foi fundada em 1984.
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