A partir de hoje, vamos conhecer um pouco mais sobre as expectativas dos principais personagens do legislativo estadual paulista para os próximos 4 anos: os deputados. Depois de quatro meses de mandato, o que será que eles esperam? Em quem eles se inspiram? Quais as prioridades de cada gabinete?

Você vai descobrir agora na nossa nova coluna: Diga, deputado!

Os últimos quatro meses

Eu sempre acompanhei a Assembleia e via que muitas vezes nas comissões e no plenário não tinha discussão e hoje há bastante discussão. Nós debatemos propostas e tentamos dar o nosso ritmo à Casa. Muitas vezes pedimos e exigimos celeridade nas demandas, mas quando cheguei na Alesp observei que é diferente, que o processo é muito mais moroso do que esperava. Tem que conversar de um lado, conversar do outro e convencer. Precisa expor as ideias e atender a população. Hoje a pedra acabou se tornando vidraça.

A classe política foi estigmatizada e acaba sendo ligada aos acordos ilícitos e à corrupção, mas estando na Alesp a gente vê que não é assim. Sabemos que nenhuma categoria está imune a maus profissionais, mas temos outra visão do processo legislativo.

Projetos, legado e futuro

A segurança pública como um todo é a maior preocupação, principalmente o reajuste salarial dos policiais militares, a questão mais sensível. A bandeira de campanha do governador foi a valorização desses policiais e a nossa expectativa é a de que ele cumpra o que prometeu. Vamos passar três anos aqui na tribuna e nas comissões cobrando o governador. A educação também é minha prioridade do mandato. Defendemos o Escola sem Partido e uma gestão educacional militarizada. Conversei com o secretário e ex-ministro de Educação sobre o assunto, e ele implantou em alguns estados este modelo. Queremos trazê-lo para São Paulo, principalmente para as periferias, onde os índices de violência são enormes. O Proerd é um modelo de programa que deu certo entre a Secretaria de Educação e a Secretaria de Segurança Pública, combatendo o consumo abusivo de drogas ilícitas dentro da escola, formando esses multiplicadores de 10, 11 anos de idade.

Inspiração e referências

Politicamente os meus padrinhos são da família Bolsonaro, Jair, Eduardo, Flávio, Carlos. Conheci o presidente na época em que ele era parlamentar. O deputado federal Eduardo Bolsonaro, quando ele era escrivão da Polícia Federal. Eu era carteiro na época, e acabamos fazendo amizade ali. Hoje, ele foi o deputado federal mais votado pelo Estado de São Paulo e com a maior votação na história do Brasil.

Fora da política, os meus pais são exemplos para mim. Nós viemos de uma realidade de pobreza no sertão de Pernambuco, uma história que milhões de paulistanos e paulistanas passaram. Sempre me levaram à igreja, sou católico. Meu pai sempre trabalhou em serviços mais operacionais, como a construção civil, fazendo asfalto; depois ele foi porteiro. A minha mãe é diarista e até hoje ela trabalha fazendo faxina. Não tem como deixar de vê-los como um modelo de pais, de família, que me inspira.