Nestes próximos dias, vamos conhecer um pouco mais sobre as expectativas dos principais personagens do legislativo estadual paulista para os próximos quatro anos: os deputados.

Depois de cinco meses de mandato, o que será que eles esperam? Em quem eles se inspiram? Quais as prioridades de cada gabinete?

A entrevista desta edição é com o deputado Sergio Victor.

Os últimos meses

Como acontece na iniciativa privada, os três primeiros meses são um período de experiência e ele serviu exatamente para isso, para aprender como funciona a Casa, todos os trâmites, as funções, adequar a equipe, estruturar as nossas atribuições e encontrar as melhores formas de atuação, assim como ser mais eficiente com as nossas ações. Estamos passando por uma crise muito grave de representatividade e o sentimento era de que se a gente não participar, seremos liderados por qualquer um. Foi um sentimento de sair da indignação para a ação, parar de reclamar e tentar ajudar de alguma forma.

O partido NOVO trabalha com a perspectiva de fazer mais com menos, essa é uma das nossas maiores motivações, de mostrar que é possível otimizr os gastos com a máquina pública.

Projetos, legado e futuro

Sou presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia e membro da Comissão de Atividades Econômicas e neste mandato tenho duas grandes prioridades, uma é o Código de Defesa do Empreendedor. Precisamos limitar o quanto o Estado interfere na nossa vida e no nosso dia a dia. É impossível querer que uma economia cresça rapidamente com o tanto de regras e normas que colocamos, muitas desnecessárias; ou a quantidade de vezes que mudamos as regras durante o jogo. É preciso haver um ambiente favorável para a geração de emprego e renda. Acredito que será um dos grandes legados. Já apresentamos essa proposta e agora estamos discutindo como melhorá-la e como levá-la adiante entre as comissões até chegar ao Plenário.

A segunda prioridade é trabalhar na aproximação do Poder Público às empresas, startups, e universidades para que possamos discutir com mais força a inovação no setor público. A gente já viu que na iniciativa privada as empresas estão se beneficiando e muito com a eficiência e redução de custos, ganho de escala, e uso de tecnologias; enquanto o governo ainda está no modo analógico.

Inspiração e referências

Na política é o ex-presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan. Ele tem um pensamento mais liberal normalmente limitando o poder do governo. E tem também frases muito bacanas como "O poder concentrado é o inimigo da liberdade", "o governo não resolve problemas, normalmente ele é o problema", "o melhor programa social é o emprego". Ele tinha uma ideia de que o papel do Estado era não atrapalhar e eu concordo com isso.

Também admiro o João Amoêdo, um homem que saiu da iniciativa privada em uma condição financeira muito boa para se expor e criar o maior movimento de renovação política dos últimos anos. Ele topou colocar a sua reputação, fama e credibilidade em risco para criar um partido político em um momento em que político é quase sinônimo de bandido.

Fora da política há muitos grandes empresários que eu admiro, um deles é o Jorge Paulo Lemann, o outro é o Eduardo Mufarej. E tem também o Ayrton Senna, que foi o atleta que eu mais admirei e acompanhei, por toda a sua dedicação e foco em resultado.