Nestas próximas semanas, vamos conhecer um pouco mais sobre as expectativas dos principais personagens do legislativo estadual paulista para os próximos quatro anos: os deputados.

Depois de seis meses de mandato, o que será que eles esperam? Em quem eles se inspiram? Quais as prioridades de cada gabinete?

A entrevista desta edição é com o deputado Cezar.

Os últimos meses

Estou bastante otimista com o nosso trabalho. Passou aquele impacto dos primeiros meses, quando ainda não conhecíamos as pessoas. Agora há mais conversa, decide-se melhor e antes não havia isso. Está melhorando muito. Já fui prefeito, vereador e presidente de Câmara Municipal. A diferença na Alesp é que são 94 pessoas com pensamentos diferentes, mas vejo o trabalho dos últimos meses de forma positiva. Aprovamos, por exemplo, o projeto de lei das cesarianas, que vai facilitar a vida das mulheres que ficam em sofrimento esperando o parto normal. Quando passa da hora, a criança nasce com falta de oxigênio e isso atrapalha a vida. Outro exemplo do que já aprovamos na Casa é a desestatização, um custeio da máquina que precisa ser cortado ou a economia não levanta, não tem mais de onde tirar dinheiro e não se pode mais criar impostos. O governador João Doria tem que cortar as despesas passando empresas para a iniciativa privada.

Projetos, legado e futuro

Eu venho da região oeste da Grande São Paulo. Lá, temos três hospitais, mas que foram feitos há 30 anos pelo Fernando Collor. Tínhamos um milhão de habitantes, agora temos três milhões e continuamos com esses hospitais. Alguém tem que brigar por isso. Nós também estamos trabalhando pela duplicação da rodovia Castelo Branco, pois não tem mais o que se fazer ali. Você sai de manhã cedo e já encontra o trânsito. Também estou lutando para criar uma BRT dentro de Alphaville. Lá tem 140 mil pessoas transitando e precisamos ter uma condução digna.

Mas uma das minhas maiores lutas é tornar Santana de Parnaíba uma estância turística. A Alesp irá corrigir esse erro. Temos estâncias turísticas que não são estâncias, foram politicamente colocadas. Santana de Parnaíba tem 439 anos, foi do Império, e transita por lá meio milhão de turistas. Como essa cidade que tem 229 casarões tombados não é patrimônio histórico? Eu quero que a Assembleia corrija isso.

Inspiração e referências

Na política, foi o ex-presidente Juscelino Kubitschek. Ele pegou o Brasil em uma época que a capital era o Rio de Janeiro. Ele tinha um sonho e em quatro anos levou a capital para Brasília. Foi um empreendedor.