Evento realizado no auditório Teotônio Vilela na segunda-feira (2/11), com o apoio da Bancada Ativista (PSOL), debateu o aperfeiçoamento e a criação de políticas públicas relacionadas ao combate à violência contra a mulher. A Comissão Externa de Combate à Violência Contra a Mulher, do Congresso Nacional, participa de eventos como este em vários estados para conhecer as iniciativas locais e políticas públicas que defendam as mulheres.

A deputada federal Samia Bonfim (PSOL) explicou que o objetivo é unir forças para pensar qual a real situação das políticas de enfretamento à violência doméstica. "Estamos reunindo representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública e também trabalhadores da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres, bem como representantes do governo municipal e estadual, a fim de atuar em conjunto para a resolução desse problema".

Segundo a deputada federal Flávia Arruda (PL), o grupo de trabalho pretende visitar vários locais e ver a realidade do país, dos estados, dos municípios, como o assunto está sendo tratado e quais as políticas públicas que estão sendo implementadas no combate ao feminicídio.

"Queremos fiscalização, aperfeiçoamento das leis, como a própria Maria da Penha que já é um avanço, mas ainda precisa se aprimorar em vários pontos e ao final queremos estabelecer um protocolo de atendimento nessa rede de acolhimento toda que é feita no Brasil e no mundo inteiro", disse a parlamentar.

Segundo a coordenadora do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher da Defensoria Pública, Paula Sant"anna, muitas políticas precisam de aperfeiçoamento. "Hoje existem apenas 30 municípios que têm acesso aos abrigos sigilosos", exemplificou. "Quando a gente pensa em números e acesso das mulheres, falta muito para a gente avançar", concluiu.

O encontro também contou com a presença da coordenadora do Grupo Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, do Ministério Público do Estado de São Paulo, a promotora de justiça Silvia Chakian.