Oradores lamentam mortes de policiais militares no final de semana





Em sessão ordinária realizada na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (10/8), os deputados paulistas lamentaram a morte de policiais ocorridas no último fim de semana. A possibilidade de reforma administrativa no Estado também foi debatida pelos parlamentares.
No sábado, três policiais militares foram mortos quando estavam atendendo uma ocorrência na zona oeste da capital. O fato foi lastimado pelo deputado Coronel Telhada (PP): "Ontem foi um dia muito triste para a Polícia Militar. Perdemos três jovens policiais. Vitor, Oliveira e Menezes. Um indivíduo matou os três policiais militares". Telhada criticou o governo do Estado de São Paulo. "Quero dizer da nossa tristeza de ver três jovens mortos por uma sociedade que não os valoriza, por um governo que não os respeita e por uma lei que trata bandido como herói e polícia como criminoso".
A morte dos policiais também foi comentada pelo deputado Douglas Garcia (sem partido). "Três policiais militares foram assassinados, três policiais militares que não puderam comemorar o Dia dos Pais com seus filhos. Esses policiais que estão na linha de frente para proteger a população, quando matam um bandido em defesa da população, são afastados. Isso desamina qualquer policial militar a trabalhar".
O deputado Major Mecca (PSL) lamentou as mortes dos policiais e informou que no total foram quatro policiais mortos nos últimos dias. "Tivemos um final de semana muito triste no Estado de São Paulo. Quando chegamos ao ponto que devemos escolher o velório que vamos comparecer é porque a situação está num ponto insustentável. Nesse final de semana foram enterrados quatro policiais militares. O cabo Almeida se envolveu num acidente saindo do seu turno de serviço no sábado pela manhã. Quatro policiais militares mortos em serviço em um final de semana". Mecca informou que no primeiro semestre de 2020 morreram 63 policiais militares no Estado de São Paulo.
Reforma administrativa
A possibilidade de o governo enviar à Assembleia Legislativa projeto de reforma administrativa foi assunto abordado pelo deputado Carlos Giannazi. "Há boatos de extinção da sexta-parte, de quinquênios, da evolução funcional, estipulação de um plano de demissão voluntária e sobretudo extinção de empresas pública e fundações do Estado de São Paulo, inclusive algumas que já foram privatizadas". Giannazi listou empresas que talvez sejam extintas: "Fundação Zoológico; Furp, uma fábrica de remédio popular importante; Fundação Oncocentro, que cumpre um papel estratégico na área do tratamento do câncer; CDHU; EMTU; Imesp; Itesp". Não há, até a presente data, projeto em andamento quanto ao assunto na Assembleia Legislativa.
A reforma administrativa é vista como danosa aos policiais por Major Mecca. "Medidas que o governador vem adotando prejudicam os policiais. A mais recente é a construção de uma reforma administrativa que acabará de vez com a polícia do Estado de São Paulo". Voltando a abordar a morte dos policiais, Mecca afirmou considerar que as medidas governamentais são "um genocídio contra uma categoria que defende o cidadão de bem do Estado de São Paulo. É inaceitável 63 policiais mortos no primeiro semestre de 2020". Mecca comentou também sobre a reforma previdenciária aprovada pela Assembleia Legislativa no primeiro semestre deste ano. "O governador falou que seríamos uma polícia forte, valorizada, com o segundo melhor salário do Brasil, para logo em seguida nos chamar de vagabundos e mandar uma reforma previdenciária que prejudicou e muito os policiais civis".
Volta às aulas e dificuldades do comércio e indústria
A possibilidade de volta às aulas presenciais no Estado foi criticada pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL). "Vários especialistas apontam que a volta às aulas vai significar um verdadeiro genocídio da população. Isso é óbvio, não precisa ser cientista", afirmou.
O deputado Marcio da Farmácia (Pode) criticou o que considera falta de planejamento para auxiliar comércio e indústria. "Percebemos que as empresas que estão restabelecendo seu trabalho e o comércio estão com dificuldades. Tenho percebido que os governos municipais não têm dado atenção necessária para as associações comerciais e estabelecerem um diálogo para reconstruir a cidade. Precisamos ter unidade com as empresas e o comércio para criar possibilidade de emprego". O parlamentar lembrou que os impostos pagos pelos assalariados são necessários para os órgãos governamentais. "O cidadão paga imposto, tem direitos. Mas e o cidadão que não paga imposto? A prefeitura vive do recolhimento dos impostos. Para isso temos de ter o comércio e a indústria funcionando".
Por fim, o deputado Coronel Telhada comemorou a reabertura de hospital na zona oeste de São Paulo. "Acabei de receber a notícia de que neste final de semana foi reaberto o Hospital Sorocabanos, na Lapa. Há dez anos a sociedade briga por essa reabertura. Parabéns à Prefeitura de São Paulo por essa reabertura".
Presidiram a sessão os deputados Coronel Telhada e Douglas Garcia.
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