Parlamentares que constituem a CPI das Quarteirizações receberam, nesta terça-feira (24/11), o médico Lauro Henrique Fusco Marinho, que participou da reunião da comissão realizada em ambiente virtual, a fim de esclarecer questões relacionadas a contratos entre municípios e Organizações Sociais de Saúde (OSS). Marinho está preso e responde a uma ação na Justiça em que é acusado de integrar um grupo envolvido em desvio verba da área da saúde por meio desses contratos. O encontro foi presidido pelo deputado Edmir Chedid (DEM).

O médico alegou desconhecer os motivos que o levaram a ser convidado para prestar declarações à CPI. "Pra mim é uma surpresa estar aqui, pois não sei do que se trata, o que vão me perguntar", afirmou.

O deputado José Américo (PT), autor do pedido para a participação do médico, esclareceu o motivo da solicitação de comparecimento: "O senhor está preso por uma acusação envolvendo OSS".

O parlamentar questionou ainda as acusações feitas a empresas de Marinho: "essas empresas foram acusadas pela polícia e pelo Ministério Público de serem uma espécie de usina de notas frias da OSS de Birigui, que eram emitidas apenas para receber o dinheiro, sem contraprestação de serviço."

Marinho negou a prática de qualquer irregularidade. "Não tenho conhecimento disso", disse e alegou que todos os serviços contratados foram devidamente prestados.

Em indagação feita pelo deputado Edmir Chedid sobre uma possível proposta de delação premiada, Marinho destacou que não houve proposta por delação premiada e acrescentou que "se propuserem, eu não tenho o que falar, serei leviano se disser algo". Segundo ele, as acusações não possuem fundamento.

O próximo encontro da CPI das Quarteirizações está previsto para esta quarta-feira (25/11).

Além dos já citados, também participaram da reunião as deputadas Janaina Paschoal, Analice Fernandes e o deputado Wellington Moura.