Setembro Dourado busca conscientizar sociedade sobre o câncer infantojuvenil

Diagnóstico precoce do câncer na infância e adolescência aumenta a possibilidade de cura em até 80% dos pacientes
20/09/2021 18:10 | Campanha | Gerson Nichollas

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Imagem ilustrativa (Fonte: Pixabay)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2021/fg274313.png' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Infográfico<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2021/fg274312.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

No mês de setembro, acontece a campanha Setembro Dourado, que busca conscientizar a população a respeito do câncer infantojuvenil e alertar a respeito dos benefícios do diagnóstico precoce, que proporciona as chances de cura em até 80% dos pacientes em centros especializados.

Assim, os pais e os profissionais da saúde devem sempre estar atentos aos sintomas sugestivos do câncer, que se assemelham a de doenças comuns, como: febre prolongada sem origem definida; dores de cabeça acompanhadas de vômitos, pela manhã; palidez progressiva e apatia; e sudorese noturna.

Em suma, o câncer infantil é aquele que acontece desde o nascimento até os 14 anos de idade. Já o câncer juvenil é considerado a partir dos 15 anos, com variações do limite superior que variam entre instituições, oscilando entre 19 e 21 anos.

O câncer é a primeira causa de mortes por doença entre um e 19 anos de idade, sendo as leucemias, tumores no Sistema Nervoso Central (SNC) e os linfomas os três tipos de cânceres mais recorrentes nessa faixa etária. De acordo com dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer infantojuvenil representa de 1 a 3% de todos os casos de câncer diagnosticados, e tem em média mais de 12 mil novos casos por ano.

Por outro lado, conforme a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope), a taxa de cura do câncer infantojuvenil no Brasil ainda deixa a desejar em função da descoberta tardia da doença.

Estado de São Paulo

A Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), por meio do Observatório de Oncologia, replicou no Estado de São Paulo a publicação "Panorama da Oncologia Pediátrica", inicialmente desenvolvida pelo Instituto Desiderata e aplicada no Estado do Rio de Janeiro, para apresentar informações sobre incidência, mortalidade, atendimento, infraestrutura de diagnóstico, tratamento e monitoramento em São Paulo.

O Estado possui 24% do total de casos estimados e 12% do total de óbitos do país, sendo em números absolutos o Estado com maior morbidade -taxa de portadores de determinada doença em relação à população total estudada- e mortalidade por câncer infantojuvenil.

Dessa maneira, a leucemia e o linfoma são os tipos de câncer mais incidentes em São Paulo, correspondendo a 36% do total de casos de câncer infantojuvenil.

No entanto, outras neoplasias malignas e não especificadas apresentaram uma incidência ligeiramente maior do que a média nacional e significativamente maior do que a de países desenvolvidos: correspondeu a 17% do total de casos na capital paulista e 15% dos casos no Estado, versus 12% dos casos no Brasil e cerca de 1% dos casos nos países desenvolvidos.



As análises histopatológicas -observação microscópica dos tecidos para a detecção de possíveis lesões existentes- para esse diagnóstico foram efetivadas em 93% dos casos em São Paulo, segundo os dados do Registro Hospitalar de Câncer (RHC).

Atualmente, o Estado possui 24 hospitais com habilitação em Oncologia pediátrica -todos realizam atendimento pelo SUS. Os estabelecimentos habilitados também possuem o RHC implantado, todavia, estima-se que cerca de 10% dos casos foram tratados em hospitais não habilitados.

Alesp

No Estado de São Paulo, a Lei 17.344/2021 instituiu o Programa Estadual de Apoio à Oncologia Infantil e Enfermidades Correlacionadas - Pró-Oncologia Infantil, visando a prevenção e o combate ao câncer infantil. A prevenção e o combate ao câncer infantil englobam a promoção da informação, a pesquisa, o rastreamento, o diagnóstico, o tratamento, os cuidados paliativos e a reabilitação referentes às neoplasias malignas e afecções correlatas.

alesp