Quadro de concursados tem redução de 35% em SP, mostra Dieese em audiência na Alesp

Professora Bebel e sindicalistas defendem o preenchimento de cargos vagos e criticam terceirizações
15/06/2023 17:35 | Audiência Pública | Claus Oliveira - Foto: Bruna Sampaio

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Audiência pública sobre concursos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2023/fg303469.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputada Professora Bebel<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2023/fg303470.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Em pouco mais de duas décadas, o número de servidores concursados teve queda de 35% no Governo Paulista. Os quadros mais reduzidos foram em Educação e Saúde. E na direção inversa, os repasses para terceirizações aumentaram quase 6.000%, no mesmo período (de 1998 a 2020).

A informação é do economista Thomaz Jensen, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Nesta quinta (15), ele participou de audiência pública na Alesp, a convite da deputada estadual Professora Bebel (PT), para debater concursos e contratação no serviço público.

Citando um projeto dela que tramita na Casa (PL 962/2023), a parlamentar considera "fundamental a contratação por concurso". Entre as estratégias traçadas na proposição, estão a confecção do censo do funcionalismo paulista (para levantar os cargos vagos) e a redução de admissão de temporários e terceirizados.

Bebel e o presidente do Sindicato dos Professores Paulistas (Apeosp), Fábio de Moraes, cobraram a ampliação de vagas no edital para professor efetivo publicado pela Secretaria Estadual de Educação.

"Temos 100 mil professores na categoria O [contratados por necessidade temporária] e o Governo apresenta um concurso para 15 mil vagas", reclamou Moraes.

Em coro, diversos sindicalistas manifestaram descontentamento com as contratações terceirizadas. A estratégia do Governo Paulista, acreditam, visa a precarização e, por consequência, a privatização do serviço público. De forma unânime, eles pediram a nomeação de mais servidores concursados.

As críticas partiram de João Marcos Lima (Afuse), Loretana Paolieri (CPP), Cleonice Ribeiro (SindSaúde-SP), Neusa Alves (Sinteps), Andrea Fernandes (SinPsi), Maria José Masé Bettini dos Santos (Apase) e Douglas Izzo (CUT-SP).

alesp