A noite de sexta-feira (20) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo foi marcada pela reverência ao legado de um dos ícones da TV, teatro e cinema nacional. Aos 94 anos, Emilio Fontana, reconhecido diretor e professor de teatro, recebeu o Colar de Honra ao Mérito Legislativo - a maior honraria concedida pelo Parlamento Paulista.

Essa homenagem, para Fontana, é o reconhecimento do seu povo. "É um motivo que me empolga e que me deixa muito feliz", afirmou, destacando que um dos seus maiores legados foi provar que o artista do teatro pode viver da arte e ser independente. "Fiz as peças que eu quis e do jeito que eu quis".

A Sessão Solene foi promovida pelo deputado Donato (PT). O parlamentar citou o currículo de Fontana e disse que a solenidade é uma forma de celebrar a cultura do nosso País. "Fico feliz de ser o proponente dessa homenagem tão significativa. Quando reverenciamos alguém que contribuiu tanto para a cultura nacional, estamos fazendo uma referência à construção da nossa identidade enquanto nação e enquanto povo", afirmou.

Por vídeo, o deputado Eduardo Suplicy (PT) destacou a trajetória do diretor, citando a participação em projetos socioculturais, como o que levou o teatro para dentro dos presídios. "Esta homenagem é mais que merecida e a Assembleia faz muito bem em realizá-la", salientou.

A Sessão Solene contou com a presença de alunos de Emilio Fontana. Também estiveram presentes João Amaral, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo; Adriano Diogo e Marcos Mendonça, ex-deputados; Ricardo Barros e Guilherme Bonfim, atores; e Cris Fontana, esposa do homenageado.

Uma vida dedicada à arte

Com 79 anos dedicados à arte e à cultura, Emilio Fontana é responsável pelo primeiro curso não eventual de teatro em São Paulo. Também foi um dos fundadores do Teatro de Arena, que existe até hoje na capital. Também participou de diversos projetos socioculturais, dentre os quais levou música e poesia aos presídios e aos moradores do CDHU.

No seu currículo recheado de peças teatrais, filmes e produções independentes para a televisão, destaca-se o longa metragem "Nenê Bandalho", um clássico do cinema brasileiro, de 1971.

Aos 94 anos, o diretor permanece em atividade. Recentemente foi consultor de filmagem do filme "O Segredo da Galera", que estreou ano passado.

Assista ao evento, na íntegra, na transmissão feita pela TV Alesp:

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