Alesp sedia evento sobre papel da comunicação pública durante crises climáticas e desastres naturais
14/10/2024 19:17 | Informação | Da Redação - Fotos: Marco A. Cardelino e Larissa Navarro





A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em parceria com a Associação Brasileira de Televisões e Rádios Legislativas (Astral), sediou, nesta segunda-feira (14), um seminário sobre "Comunicação Pública em Tempos de Calamidades". O evento reuniu profissionais, colaboradores e gestores de comunicação pública de diversas regiões do Brasil. O objetivo do encontro foi possibilitar reflexões sobre os desafios e a importância da comunicação eficiente em momentos de crises climáticas e desastres naturais.
Os painéis abordaram desde a necessidade de unir conhecimentos científicos às necessidades da população até a importância de uma comunicação clara e oportuna em meio a cenários de calamidade.
Entre os participantes estiveram o diretor da Rede Alesp, Gilberto Caracanha; o presidente da Astral, Gerson Castro; o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Sul, Alexandre Sikinowski Saltz; e o procurador do Ministério Público de Contas do Estado do Amazonas, Ruy Marcelo. Os dois últimos de forma remota.
Além da troca de experiências, também foram discutidas estratégias eficazes que permitam que os setores de comunicação dos poderes públicos se preparem para atuar de maneira assertiva em situações de emergência, contribuindo para a segurança da população.
O presidente da Astral destacou o papel crucial da comunicação pública como ferramenta de apoio e informação em tempos de crise climática. "Unir as pontas do conhecimento, da Ciência e dos especialistas, com a necessidade da população de entender sobre o tema é um desafio contínuo. Precisamos garantir que as informações cheguem de forma acessível e compreensível para todos, principalmente, em momentos de incerteza e vulnerabilidade", afirmou Castro.
Colaboração
Outro ponto relevante foi levantado pelo procurador do Ministério Público de Contas do Estado do Amazonas, que compartilhou sua experiência durante as enchentes de 2021 no estado. Na ocasião, o nível do Rio Amazonas atingiu um recorde de 30 metros, afetando, segundo dados da Defesa Civil, mais de 455 mil pessoas em meio à pandemia de Covid-19. "Observamos o quanto ainda precisamos melhorar no trato de levar à sociedade uma informação tempestiva, que traga colaboração efetiva para mitigar impactos prejudiciais diante de eventos climáticos extremos", destacou Ruy Marcelo. Ele ressaltou ainda que a comunicação pública tem o poder de transformar o conhecimento técnico em orientações práticas, contribuindo para que as pessoas estejam mais preparadas para lidar com situações de emergência.
Enchentes
Neste ano, outra calamidade tomou conta de um estado brasileiro. Entre o final de abril e início de maio, o Rio Grande do Sul foi tomado pelas águas em uma enchente que ficou marcada como a maior catástrofe climática da história do estado. O procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Alexandre Saltz, lembrou que nenhum grupo ou região foi poupado pela enchente. "Metade do nosso comitê estava desabrigado", contou ele, ilustrando o alcance e a severidade da situação.
O pesquisador sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e coordenador científico do Sistema de Informações e Análises sobre Impactos das Mudanças Climáticas (AdaptaBrasil), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Jean Pierre Ometto, reforçou sobre a necessidade de ampliação do alcance das informações à população.
"Trabalhamos com a geração da informação e temos a obrigação de comunicar dados e conhecimento. Às vezes, a difusão dessas informações é muito restrita aos ambientes em que estamos acostumados: a nossa zona de conforto científico", avaliou o pesquisador. "O desafio dessas mudanças climáticas muito intensas é a necessidade de uma aproximação de diferentes formas de informação junto às pessoas para que ações possam ser tomadas e transformações efetivadas", acrescentou Ometto.
Redes
O evento na Alesp ainda reafirmou a necessidade de fortalecimento das redes de comunicação pública, especialmente em tempos de crise, onde a disseminação de informações claras, precisas e rápidas pode salvar vidas. Além disso, o seminário também incentivou a reflexão sobre como os governos e órgãos públicos podem aprimorar suas políticas de comunicação e integração com a sociedade, garantindo que todos, independentemente de sua localização ou condições sociais, tenham acesso à informação necessária para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.
Marco
Entre os participantes, após um dia inteiro de discussões, ficou a certeza de que o seminário foi um marco na discussão sobre o papel da comunicação pública em tempos de calamidade, apontando caminhos para uma maior eficiência e colaboração entre os diferentes setores e atores envolvidos na proteção da sociedade diante de eventos climáticos extremos.
Assista ao evento, na íntegra, na transmissão feita pela Rede Alesp:
Confira mais imagens do evento:
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