Audiência pública na Alesp discute o futuro do Parque da Água Branca, na Capital

Evento foi promovido pelo deputado Carlos Giannazi (Psol) e recebeu moradores e técnicos que atuam na defesa do patrimônio público e meio ambiente; críticas às ações da concessionária do local
29/05/2025 16:42 | Debate | Fábio Gallacci - Fotos: Rodrigo Romeo

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Evento discutiu uma série de problema no parque<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2025/fg346049.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Dep. Carlos Giannazi: vocação ambiental degradada<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2025/fg346050.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Participantes querem parque com vocação original<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2025/fg346051.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Audiência pública debateu destino de patrimônio<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2025/fg346052.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo recebeu, na noite desta quarta-feira (28), uma audiência pública para debater o futuro do Parque da Água Branca, localizado na Zona Oeste da Capital. O evento foi promovido pelo deputado Carlos Giannazi (Psol) e recebeu representantes da região onde a área está situada e técnicos que atuam na defesa do patrimônio público e meio ambiente.

O local é administrado por uma concessionária, que cuida do espaço desde 2022. Um dos principais pontos levantados durante o encontro foi a construção de uma churrascaria no parque. Ação que, segundo os participantes, têm desconfigurado o caráter público da área - chegando a limitar a passagem de crianças.

"Essa audiência tem como meta central denunciar o que está acontecendo com o Parque da Água Branca, que foi criado em 1929 com a missão de trazer para o ambiente urbano o mundo rural. Ele tem uma vocação ambiental e pedagógica do ponto de vista da fauna, flora e agroecologia, ainda mais num momento como esse de degradação ambiental e aquecimento global", afirmou Giannazi.

Vale ressaltar que a área é tombada pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp), órgão municipal, e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), órgão estadual. Toda e qualquer intervenção ali precisa de um aval técnico prévio.

No início deste mês, a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) determinou a suspensão das obras da mencionada churrascaria. "Talvez, esse seja o único parque da Capital onde as nossas crianças tinham contato direto com os animais. A sua privatização é uma tragédia e a instalação de uma churrascaria em um local que nasceu para valorizar o convívio com os animais é um absurdo", acrescentou o deputado.

Participantes

Também participaram do encontro Regina Lima, do Conselho do Parque da Água Branca; Márcia Cunha de Souza, da Associação dos Moradores de Perdizes; Pedro Neto, advogado e integrante do Movimento SOS Parque da Água Branca; Cleiton de Paula, da Associação dos Proprietários, Protetores e Usuários de Imóveis Tombados; e Helena Dutra, presidente da Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo.

Desde sua criação, o Parque da Água Branca abrigou diversas exposições, espaços para lazer, prática de esportes e circulação de animais.

Assista à audiência pública, na íntegra, na transmissão feita pela Rede Alesp:

Confira a galeria de imagens da audiência pública

alesp