A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo abriu as portas, nesta segunda (23), para que entidades sindicais homenageassem cerca de 40 profissionais da segurança privada. O ato solene, conduzido pelo deputado Capitão Telhada (PP), celebrou o Dia do Vigilante, comemorado nacionalmente no dia 20 de junho. Os depoimentos da cerimônia destacaram o papel estratégico desses trabalhadores, cuja atividade no setor privado atua em complemento à Segurança Pública paulista. O evento também endossou pautas históricas da categoria, como a aposentadoria especial.

"O vigilante é o braço silencioso da segurança que, sem ostentação e humildemente, garante que milhares de vidas possam seguir sua rotina com tranquilidade. Sabemos que a Segurança Pública é, sim, dever do Estado, mas é inegável que a segurança privada se tornou e se torna cada vez mais um pilar indispensável na Segurança Pública do Brasil", salientou Capitão Telhada ao lembrar que os vigilantes protegem a integridade física de pessoas e a patrimonial de imóveis públicos e privados como bancos, hospitais e empresas.

Durante o evento, representantes da categoria ressaltaram que os vigilantes enfrentam riscos diários semelhantes aos de outras carreiras da Segurança Pública. "Colocamos nossa vida em risco, porque, para trabalhar, temos colocado nossa integridade em risco", salientou o presidente do Sindicato dos Vigilantes de São Paulo (Seevissp), Antônio Pereira de Oliveira. O sindicalista recordou o episódio vivido por um dos homenageados - o vigilante Renato Reis - que, mesmo desarmado, impediu um assalto a banco ao imobilizar dois assaltantes.

Reconhecimento legal

A modernização legislativa da profissão também foi destaque na cerimônia. O presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sesvesp), Flávio Sandrini, classificou como um avanço a sanção do Estatuto da Segurança Privada - Lei Federal n° 14.967/2024. Sandrini acredita que o marco jurídico trará valorização à categoria, garantindo direitos e combatendo a clandestinidade. "Aguardamos a regulamentação. Acreditamos que nos próximos três anos a gente chegue à marca de 1 milhão de vigilantes novamente", pontuou.

Aposentadoria especial

No ato solene, os vigilantes pediram apoio político da Alesp para uma demanda antiga da profissão: aposentadoria especial. O assunto é discutido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para definir se a atividade de vigilante, caracterizada pela exposição ao perigo, pode ser considerada como especial para fins de aposentadoria. "Tem muitos trabalhadores que já fizeram o tempo de serviço e estão desempregados, necessitando dessa aposentadoria", afirmou Oliveira.

Presença

O evento em homenagem aos vigilantes privados contou com a presença do deputado federal licenciado Coronel Telhada (PP-SP), que defende que a segurança privada ajuda na prevenção de crimes. Ex-parlamentar na Alesp, Coronel Telhada presidiu atos solenes pelo Dia do Vigilante por vários anos desde 2016.

Dados

Conforme dados do setor, o Brasil possui mais de 500 mil vigilantes regularizados em atividade, aproximadamente 250 mil cadastrados apenas no estado de São Paulo. Os 38 homenageados receberam certificados Sesvesp. Entre os critérios para concessão da honraria estão bravura, assiduidade e zelo profissional.

Assista ao ato solene, na íntegra, na transmissão realizada pela Rede Alesp:

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