A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo realizou, na noite desta quinta-feira (28), uma Sessão Solene em comemoração aos 150 anos do jornal O Estado de S. Paulo, popularmente conhecido como Estadão.

A iniciativa do deputado Thiago Auricchio (PL) busca homenagear um dos veículos de comunicação mais importantes da história paulista. "Uma sociedade empoderada se passa por uma imprensa forte, e o Estadão representa muito bem isso", destacou o parlamentar.

Diretor-executivo de jornalismo do Estadão, Eurípedes Alcântara relembrou o compromisso do jornal com a democracia e com a liberdade de imprensa, desde a fundação até os dias atuais. "Gerações de jornalistas cobriram os trabalhos desta Casa, com a missão de informar de maneira independente, conscientes de que a democracia se fortalece com instituições robustas e com uma opinião pública bem formada", completou.

Um século e meio de história

Fundado em 4 de janeiro de 1875 com o nome de A Província de São Paulo, o veículo homenageado foi criado com base em ideais republicanos. "O Estadão só poderia ter nascido em São Paulo. Republicano em pleno Império. Abolicionista em meio a uma economia escravagista. Ele surgiu como uma voz dissonante e visionária", afirmou o CEO do Estadão, Erick Bretas.

Foi apenas em dezembro de 1889, após a proclamação da República, que o jornal passou a se chamar O Estado de S. Paulo, nome que perdura até os dias atuais. A primeira edição contou com apenas quatro páginas e uma tiragem de dois mil exemplares, e, com o tempo, se consolidou como uma das principais instituições da imprensa brasileira.

Para Alcântara, desde sua fundação, o Estadão acompanha criticamente a atuação dos poderes públicos. Durante as oposições ao governo de Getúlio Vargas e a Revolução Constitucionalista, "foi o Estadão quem deu voz a essas ideias, oferecendo suas páginas como tribuna de crítica, de resistência e de defesa da legalidade", afirmou Bretas.

O CEO reforçou que o Estadão, assim como São Paulo, se reinventa a cada época, sem abrir mão do seu propósito. No cenário político atual, ele defendeu que o jornal volta a sua essência: "ser uma tribuna para o diálogo de ideias, mas também olhar para o futuro. Para seguir relevante, o jornalismo precisa dialogar com as novas gerações, lançar mão de novos formatos, abraçar a tecnologia".

Além dos citados, o evento também contou com a participação do deputado Delegado Olim (PP); de Francisco Mesquita Neto, diretor presidente do Estadão; Dimas Ramalho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo; José Antonio Encinas Manfré, vice-Presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo; e Lais Vita, secretária de Comunicação do Governo de São Paulo.

Assista à Sessão Solene, na íntegra, na transmissão feita pela Rede Alesp:

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