A Assembleia Legislativa de São Paulo prestou homenagem nesta sexta-feira (12) ao Hospital Amaral Carvalho (HAC), que foi criado em 1915 como maternidade na cidade de Jaú, no interior do estado. Ao longo dos anos, a instituição se consolidou como referência nacional no tratamento oncológico e tornou-se o maior centro de transplante de medula óssea (TMO) do país, com 81 mil pacientes atendidos em 2024, sendo mais de 90% deles pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O deputado estadual Thiago Auricchio (PL), autor da solenidade, ressaltou o legado de humanização e excelência do Hospital do Câncer de Jaú, construído com o apoio de quatro mil voluntários. Para o parlamentar, o diferencial que sustenta a continuidade do trabalho da instituição "é justamente o acolhimento e o amor". Auricchio destinou mais de R$ 5 milhões em emendas orçamentárias ao hospital e é autor da lei que criou o Fevereiro Laranja, mês de conscientização sobre a leucemia, um dos tipos de câncer tratados no HAC.

Diretores do Hospital Amaral Carvalho recordaram a trajetória da instituição, iniciada com a doação do terreno pelo casal Domingos e Ana Marcelina de Carvalho para a construção da maternidade. Na década de 1970, o hospital destacou-se pelo pioneirismo ao oferecer tratamento oncológico no interior, evitando o deslocamento de pacientes para a Capital. Mais recentemente alcançou o nível máximo de excelência em qualidade e segurança hospitalar, tornando-se um dos poucos hospitais filantrópicos a obter esse reconhecimento.

"Nesses 110 anos, o grande segredo do Hospital Amaral Carvalho tem sido aliar a expertise médica com o suporte social que é dado às famílias e aos pacientes", resumiu José Antonio Barata de Almeida Bueno, diretor administrativo e financeiro. Ele acrescentou que a instituição é sustentada por três princípios: humanização, doação e servidão.

Voluntariado

Parlamentares como os deputados federais Celso Russomanno (Republicanos-SP) e Vicentinho (PT-SP), além do estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania), destacaram o papel crucial das ligas de combate ao câncer que atuam no Hospital Amaral Carvalho. Formadas majoritariamente por voluntários, essas associações sem fins lucrativos oferecem hospedagem e suporte social a pacientes e familiares.

A voluntária Maria Ramos, que foi paciente do HAC em três momentos da vida, compartilhou a experiência pessoal com o tratamento humanizado. "Tive a sorte de encontrar mãos que me acarinharam, tiravam as dores com carinho, atenção, olho no olho", disse emocionada. "Eu me senti tão bem, como se fosse a única pessoa que estava sendo tratada ali", completou. Hoje, integra o grupo Anjos Rosas, que oferece serviços de estética e conforto aos pacientes.

Impacto econômico

A vice-prefeita de Jaú, Juliana Fabre (PL), destacou que a relevância do hospital para a cidade de 137 mil habitantes vai "além de salvar vidas". Segundo a gestora, o HAC também impulsiona a economia local, com a geração de milhares de empregos diretos e indiretos.

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