Políticas públicas eficazes de combate ao suicídio são debatidas na Alesp


27/09/2019 17:02 | Setembro Amarelo | July Stanzioni - Foto: Fernando Oliveira

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Mesa do evento<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2019/fg240602.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mesa do evento<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2019/fg240603.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Beth Sahão (2ª à dir.)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2019/fg240604.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Setembro é o mês de conscientização sobre o suicídio e dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2016 apontam que no Brasil a taxa de suicídio aumentou 7% enquanto no mundo o índice teve queda de 9,8%.

O suicídio é um fenômeno complexo e afeta indivíduos de diferentes classes sociais, idades e origens, por isso a deputada Beth Sahão (PT) trouxe à Assembleia Legislativa um debate sobre o tema.

A professora Maria Ignês Badaró da Universidade Federal de São Paulo chamou a atenção para os índices e a criação de novas políticas públicas sobre a questão. Segundo dados apresentados pela magistrada, números do Ministério da Saúde de 2017 apontaram que 11 mil pessoas tiram a própria vida por ano.

Em paralelo, ela também apresentou dados da OMS também de 2017, indicando que mundialmente 79% dos suicídios ocorreram em países de média e baixa e renda, sendo responsável por 1,4% de todas as mortes no planeta.

Prevenção

"Um ponto que devemos reconhecer é que o suicídio é uma das causas de mortes que pode ser evitada. Essa é a questão e a pergunta que nos chama a debater aqui na Casa e pensar, qual a política pública eficaz nesse sentido. Nós entendemos que um dos fatores de proteção é a existência de um Cap (Centro de Atendimento Psicossocial) no território em que os dados apareçam com mais importância, de lugar de acolhimento", declarou a professora.

Rosângela Elias, assessora de saúde mental da Secretaria estadual da Saúde, detalhou o que está sendo feito em São Paulo para ajudar na prevenção do suicídio. Segundo ela, é fundamental o debate na Assembleia paulista.

"É daqui que vão sair as políticas públicas e a legislação que vão subsidiar os processos que usaremos no Estado. Hoje essas políticas são intersetoriais: temos que olhar no âmbito da educação, da assistência social. Esta Casa é fundamental para facilitar a chegada do debate em diversos meios. Aqui no Estado trabalhamos nos últimos anos com um investimento muito forte, estimulando os municípios a abrirem os Caps. Passamos de 211 Caps em 2017 para 523 atualmente", contou.

A deputada Beth Sahão (PT) diz que a reunião na Alesp serve para que o legislativo possa ajudar na elaboração de novas e eficazes políticas públicas. "Neste ano foi criada uma política nacional de enfrentamento e combate ao suicídio, mas que ainda tem poucos reflexos nos estados e portanto, o Estado de São Paulo precisa pensar em políticas públicas para previnir, tratar, cuidar de pessoas que tenham essa tendência. É uma doença mental que precisa ser cuidada e os serviços públicos de saúde precisam estar preparados para isso".

O debate "Vamos falar de suicídio? É possível prevenir?" reuniu gestores, profissionais de saúde mental e representantes do centro de valorização da vida.

alesp