Ato Solene realizado na noite desta quarta-feira (17/2) discutiu a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) durante a pandemia causada pela covid-19, a luta antimanicomial e a necessidade do atendimento humanizado. O evento foi presidido pela deputada Márcia Lia (PT) e ocorreu em ambiente virtual. A solenidade contou com a participação de membros de frentes em apoio a vida e apoio a luta antimanicomial, além de parlamentares municipais e a deputada federal Erika Kokay (PT/DF). A deputada Márcia Lia (PT), organizadora do ato, classificou o evento como "um grito de defesa do SUS, da democracia e da vida para que tenhamos a vacinação o mais rápido possível". Durante a solenidade, os participantes destacaram a importância do SUS para a população brasileira, e seu papel fundamental no enfrentamento à pandemia. Em sua fala, Tulio Batista Franco, representante da Frente Pela Vida, declarou, "A vacina é o instrumento fundamental de enfrentamento à pandemia, mas ela não resolve todos os problemas. Temos inúmeros desafios para eliminar a doença do nosso território, e é preciso investir em saúde básica". Ele enfatizou ainda a contenção de gastos no orçamento da área da saúde "o orçamento de 2021 é equivalente ao de 2017", disse. Esforços na luta antimanicomial Outro assunto de destaque no evento foi a luta antimanicomial. Integrantes de frentes estaduais e pacientes atendidos pelo SUS na esfera psiquiátrica fizeram suas considerações. Representando a Frente Estadual Antimanicomial, Léo Pinho se mostrou contrário a possíveis privatizações na área de saúde psiquiátrica e enfatizou a necessidade de ampliação do SUS. Ele declarou que a luta antimanicomial não é contraria a internação, porém argumentou "mais importante que a internação é o projeto de inserção social". A integrante que compõe a luta antimanicomial de Guarulhos, Simone Aparecida do Carmo, é usuária da Rede de Saúde Mental e elogiou o atendimento humanizado realizado "se não fosse isso hoje eu estaria no manicômio", disse. Ela enfatizou ainda sobre a luta antimanicomial "nós temos problemas, mas não precisamos ir ao manicômio, não precisamos ficar amarrados". A deputada federal Erika Kokay (PT/DF) endossou as ponderações, e corroborou com os elogios feitos a Rede De Atenção Psicossocial (Raps): "a luta antimanicomial, significa assegurar a democracia, as Raps e os serviços relacionados são base da democracia, pois mantêm a condição de sujeito, de ser humano". A Raps é uma vertente do SUS, responsável pelo atendimento de pessoas com problemas mentais, incluindo efeitos nocivos gerados por uso de drogas, e é composta pelos Centros de Atenção Psicossocial (Caps); os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT); os Centros de Convivência e Cultura, as Unidade de Acolhimento (UAs), e os leitos de atenção integral.