Ato solene defende liberdade de manifestação de educadoras municipais de São Caetano do Sul
11/05/2021 12:05 | Evento | Beatriz Ferreira - Foto: Reprodução Rede Alesp









Ato solene virtual realizado nesta segunda-feira (10/5) pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL) defendeu a liberdade de expressão e repudiou casos de perseguição e assédio denunciados por professoras municipais de São Caetano do Sul que se manifestaram contra a volta às aulas na pandemia.
Catarina Troiano, professora da rede municipal da cidade, relatou ser vítima de assédio judicial cometido pelo secretário da Educação, Fabricio Coutinho de Faria. Segundo ela, ele a denunciou por conta de postagens nas mídias sociais, criticando o retorno das aulas presenciais.
"Quando nós professores e profissionais da saúde pedimos o ensino remoto nesse momento da pandemia, não se trata de não querer trabalhar, mas sim da nossa segurança, das crianças e da sociedade como um todo", disse, durante o ato solene.
A professora da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Gisele Giampaoli, contou que foi vítima de um processo administrativo por causa do seu posicionamento referente à pandemia da Covid-19. Ela disse que foi acusada de desestimular os alunos a comparecerem na escola para as aulas presenciais.
"Eu utilizei das minhas aulas enquanto professora de sociologia, para problematizar a questão e levar informações para os alunos, que estavam e continuam perdidos, pois sabemos que as escolas não se voltam para construir projetos interdisciplinares para tratar do tema da pandemia, a desinformação corre solta na sociedade e isso se reflete no espaço escolar. Então, eu nada mais fiz do que cumprir com a minha função de educadora", disse.
De acordo com ela, pais de alunos a denunciaram para a gestão da escola. "Me acusam de responsabilizar os alunos que estavam frequentando a escola, caso algum professor viesse a óbito por causa do coronavírus. Isso é uma mentira descabida, mas que sustenta um discurso negacionista e de perseguição de professores que apresentam uma visão que diverge dessa opinião dominante, de que o coronavírus é só uma gripezinha", afirmou.
Alice Fernandes, professora da rede municipal, alegou estar passando por um processo de sindicância em razão de um vídeo protagonizado e publicado por ela nas mídias sociais, orientando os colegas de profissão que estavam sendo obrigados a trabalhar além da carga horária contratual, a dirigir-se ao Ministério do Trabalho e apresentar a denúncia.
Ela relatou que a publicação foi feita num momento em que estava afastada do cargo por conta de sua candidatura a vereadora pelo PSOL. "O senhor Fabricio Coutinho é educador como nós e, ao invés de nos amparar e nos proteger, ele nos humilha. Me sinto humilhada como profissional, como mãe de aluno da rede municipal e como profissional da rede. Me sinto humilhada pelas minhas colegas que estão sofrendo denúncias criminais", disse.
O deputado Carlos Giannazi demonstrou apoio à causa. "Vamos repercutir, é importante que a gente chame mais entidades e dê visibilidade a esse caso. Mexeu com vocês, mexeu com a gente. Enquanto vocês estiverem nessa situação, nós não vamos sossegar, porque ninguém vai largar a mão de ninguém, principalmente nesse momento, estaremos todos juntos em defesa das professoras", afirmou.
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