Em reunião da CPI das Cavas Subaquáticas, diretor de Avaliação de Impacto Ambiental descarta comparação com Brumadinho
19/10/2021 14:07 | CPI - Cavas Subaquáticas | Gerson Nichollas - Foto: Reprodução Rede Alesp











A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Cavas Subaquáticas recebeu nesta terça-feira (19/10) o diretor de Avaliação de Impacto Ambiental da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), Domenico Tremaroli, para prestar esclarecimentos sobre os riscos da cava no estuário entre Cubatão e Santos para o meio ambiente e para a população.
Segundo Domenico, a concessão do licenciamento da cava no litoral de São Paulo é realizado em dois segmentos. O primeiro gira em torno das fontes de poluição, relacionando-se com as atividades industriais, já o segundo está associado com a avaliação de impacto ambiental. Nesse caso, o diretor afirma que existiu medidas muito contundentes de análise ao impacto a população e relacionado às atividades econômicas, além da avaliação sobre os meios físicos e bióticos.
"Basicamente, esse licenciamento foi autorizado para poder sustentar as atividades econômicas da região. E levou em consideração as qualidades dos sedimentos e as técnicas de disposição desse material para que pudessem ser aceitos como uma solução adequada", disse.
Domenico explanou também sobre a escolha pela cava subaquática e descartou a comparação com Brumadinho. "Nesse caso houve a identificação perfeita dos segmentos e a opção pela cava subaquática - ela constitui uma escavação para abrir espaço à disposição de sedimento para que depois venha uma cobertura e esse material fique isolado. Por isso, essa comparação com Brumadinho não faz o menor sentido, já que não se pode pensar que uma cava possa ter risco de desmoronamento", afirmou o diretor da Cetesb.
Segundo Domenico Tremaroli, houve uma análise de todos os impactos, sejam relacionados a qualidade das águas, no meio biótico do lugar, ou sobre as populações que vivem da pesca e outras atividades relativas a exploração desse território para fins econômicos. "Os monitoramentos demonstraram resultados satisfatórios e de tremendo sucesso na limpeza do canal, e com resultados muito positivos para o meio ambiente naquele local", falou.
O diretor também frisou que a cava está absolutamente imperceptível na região, preservando a navegabilidade e sem prejuízos a comunidade, que vêm tendo suas expectativas atendidas dentro de todos os panoramas relacionados ao impacto ambiental.
O que é uma cava subaquática?
Cava subaquática é uma cratera aberta debaixo da água para despejo de sedimentos, lixo e materiais contaminados. A cava feita no estuário entre Santos e Cubatão é maior que o estádio do Maracanã, com dimensões de 400 metros de diâmetro por 25 metros de profundidade, e está preenchida por cerca de 2,4 bilhões de litros de sedimentos.
A cava do canal de Piaçaguera
A cava foi aberta entre Santos e Cubatão e escavada sob responsabilidade da Usiminas e da VLI, empresa de logística da Vale, em 2017 para despejo de material retirado durante a dragagem (desassoreamento do fundo de canais) do canal de Piaçaguera.
Entretanto, antes da década de 70 não existiam políticas de prevenção aos dejetos altamente contaminados por metais pesados que circulavam pela região, o que perpetuou a concentração desses sedimentos no fundo do estuário durante as décadas de 60 e 70.
Esse processo ocorreu devido às atividades industriais que estavam mais afastadas da costa, sendo o canal de Piaçaguera aberto para possibilitar a navegação das embarcações que levavam matéria-prima à Cosipa (Companhia Siderúrgica Paulista), por exemplo, e que voltavam à costa com material acabado.
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