Papel da educação midiática é debatida em Audiência Pública
22/10/2021 15:22 | Debate | Gabriella Rodrigues - Foto: Reprodução Rede Alesp










Nesta sexta-feira (22/10), sob coordenação do deputado Caio França (PSB), aconteceu a audiência pública ''O Papel da Educação Midiática no Combate à Desinformação e Fortalecimento da Democracia''. O encontro contou com a participação dos deputados Paulo Fiorilo (PT) e Marina Helou (Rede), do co-presidente do Comitê Diretor Internacional de Alfabetização Midiática e Informacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco Mil Alliance), Alexandre Sayad e de outros especialistas em educação midiática e comunicação.
Em seu discurso de abertura, o deputado Caio França relembra o trabalho realizado como presidente da CPI das Fake News, encerrada no final de 2020 e que tinha como objetivo investigar as notícias falsas nas eleições de 2018. ''Embora não tenha tido resultados conclusivos do ponto de vista material, a gente trouxe à luz um debate com a participação de especialistas de diversas áreas, advogados, jornalistas, pesquisadores...'' e continuou ''Desde então, viemos nos debruçando sobre o tema, tentando amadurecer políticas públicas que possam auxiliar nesse trabalho. Após pesquisas, chegamos a conclusão que o melhor caminho é a educação'', concluiu o parlamentar.
O deputado Paulo Fiorilo elogiou a discussão proposta e também comentou sobre o trabalho realizado na CPI das Fake News. ''Eu acho que vocês começam bem com a ideia de discutir a educação como instrumento de transformação, principalmente nesse momento'', e continuou ''eu acho que a CPI, que você Caio conduziu de forma brilhante, ela teve todas as suas dificuldades, mas acho que nós, que participamos, tivemos uma oportunidade única de incorporar conceitos, valores e de tentar, nesse próximo período, evitar que as fake news interfiram não só em processos, mas na vida das pessoas'', disse.
A audiência antecede estrategicamente a Semana Global de Alfabetização Midiática e Informacional (Global Media and Information Literacy Week), que acontece anualmente de 24 a 31 de outubro, e reforça um compromisso que os Estados-Membros têm em combater a desinformação. O tema deste ano aborda a alfabetização midiática e informacional para o bem público.
Basicamente, a ideia trazida de alfabetização midiática se refere ao ensino e aprendizagem de estratégias que possibilitem maior desenvolvimento das habilidades para acessar e analisar conteúdos, de forma a expandir e preparar as pessoas para os desafios do século 21, o que ocorre a partir de um entendimento crítico e da fluência digital do leitor, que não vem só do ambiente escolar. Alexandre Sayad, reforçou que ''essa ação da educação midiática não se restringe apenas à escola, é bom a gente começar a destrinchar a partir daqui''. E completou: ''esse assunto é muito complexo, multissetorial, multidisciplinar e está enroscado em várias pontas na sociedade. Temos, sim, que começar com a ótica da educação, mas não somente a educação escolar'', completou o co-presidente do Comitê Diretor Internacional de Alfabetização Midiática e Informacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco Mil Alliance).
Patricia Blanco, presidente do Instituto Palavra Aberta, que desenvolve o programa de formação de professores EducaMídia, destacou em sua fala a importância da educação midiática. ''O papel dela é justamente para a gente melhorar não só a questão da participação cívica, de inclusão, como também a questões relativas à cidadania'' e também reforçou que ''esse novo universo comunicacional que a gente vive, a partir das tecnologias de comunicação, nos trouxe uma superabundância de informação e também uma poluição informacional, que faz com que a gente tenha que ter novas habilidades na hora de ler criticamente que a gente recebe'', destacou a convidada.
Em maio de 2021, baseado no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou um relatório que indicou que 67% dos jovens brasileiros de 15 anos não sabem diferenciar fatos de opiniões. Esse apontamento explica, em partes, a polarização política, as bolhas informacionais e a era da pós-verdade.
''É super relevante ver que a partir de um processo profundo de investigar e entender a problemática que a gente tem hoje na comunicação, na difusão de informações falsas, criar então propostas que possam avançar e evoluir a sociedade'', comentou a deputada Maria Helou.
A programação do evento ainda contou com as contribuições do secretário executivo da Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação (ABPEducom) e docente em Educomunicação na USP, Claudemir Edson Viana; do coordenador do núcleo técnico de currículo na Prefeitura de São Paulo e criador do Programa Imprensa Jovem, Carlos Lima; e da coordenadora do Programa de Democracia e Tecnologia do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS-RJ), Debora Albu.
Ainda no evento, o deputado Caio França destacou que seguirá estudando o assunto para elaborar, junto aos profissionais e especialistas do tema, políticas públicas que visam a conscientização e sensibilização no combate à desinformação pela rede pública de ensino estadual.
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