Os parlamentares da Comissão de Relações Internacionais da Assembleia Legislativa de São Paulo receberam nesta terça-feira (7/12), o cônsul-geral da Áustria em São Paulo, Klaus Hofstadler, e o secretário-executivo de Relações Internacionais, embaixador Affonso Massot. O encontro debateu parcerias e relações comerciais entre o Estado e o país.

O presidente da Assembleia paulista, deputado Carlão Pignatari, abriu o encontro destacando a importância do Parlamento no diálogo e na troca de experiências em busca de soluções que beneficiem a população em seu cotidiano. "A palavra Parlamento em sua essência vem de parlar, que significa falar, dialogar. A Assembleia Legislativa é este espaço, é um lugar de troca de ideias, de informações, de experiências. Precisamos disso, principalmente no momento atual", afirmou.

De acordo com o representante austríaco, a balança comercial entre os países já retomou os níveis pré-pandemia da Covid-19. "Hoje o Brasil é o principal parceiro da Áustria na América do Sul, movimentando 1 bilhão de dólares anuais em comércio bilateral, sendo que 50% dessas mercadorias são provenientes do Estado de São Paulo", falou.

O cônsul-geral austríaco, Klaus Hofstadler, também destacou as parcerias comerciais entre São Paulo e a Áustria. "As relações de São Paulo e a Áustria são muito intensas, principalmente na área comercial. Temos no Brasil 200 empresas austríacas que geraram mais de 20 mil cargos. Quanto às exportações, a Covid-19 teve impacto, mas agora de janeiro até setembro, voltamos ao nível de exportações anterior a pandemia, em 2019, estamos voltando ao nível que estamos acostumados", destacou.

Na ocasião, o deputado Paulo Fiorilo (PT), presidente da comissão, questionou Hofstadler sobre um possível interesse por parte dos empresários austríacos para investimentos no país. "Há um olhar para o país e para o Estado de São Paulo com interesse na instalação de equipamentos?", indagou. Em sua resposta, o cônsul destacou o diálogo junto a empresas na Áustria para possíveis instalações em São Paulo e no Brasil. "Nos últimos dois ou três anos, temos um número menor de empresas, mas com mais cargos de trabalhos. É preciso de um certo tamanho para ter fôlego para o chamado ?Custo Brasil?. Tem empresas que eu falo que não é bom investir no Brasil agora. Mas o mercado brasileiro, em áreas especificas, continua muito atrativo e muito relevante", disse.

No encontro, o deputado Professor Walter Vicioni (MDB), ainda trocou experiências com o representante austríaco sobre o ensino profissionalizante, com explanações de como é feito no país europeu e no Brasil.

Parcerias

As parcerias entre Brasil e Áustria acontecem desde os primórdios do país, enquanto República. O secretário-executivo de Relações Internacionais, embaixador Affonso Massot, destacou o importante papel nas relações entre os países e o contexto histórico de apoio austríaco no desenvolvimento brasileiro.

"Em 1822, a imperatriz Maria Leopoldina, duquesa da Áustria, foi uma das grandes responsáveis pela independência do Brasil. Teve um papel fundamental na decisão, não apenas no Dia do Fico, mas também na ruptura política com Portugal. No próximo ano, a independência do Brasil comemora seu bicentenário, data extremamente importante que celebra não só nossa emancipação, mas também as boas relações entre o Brasil e a Áustria", destacou.