Audiência pública na Alesp aprofunda diálogo sobre escolas mais seguras
25/04/2023 16:44 | Debate | Tom Oliveira - Fotos: Rodrigo Costa








O aprofundamento do debate sobre como tornar as escolas públicas mais seguras para estudantes e profissionais da Educação foi o objetivo de uma audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo na noite de segunda-feira (24).
O encontro, promovido pelo Movimento das Pretas, mandato coletivo liderado por Monica Seixas (Psol), reuniu professores, estudantes, assistentes sociais, psicólogos, policiais, familiares e pesquisadores para ir mais a fundo na problemática da falta de segurança nas escolas públicas.
"A gente está sentindo falta de um diálogo sobre Educação. Muito tem se falado sobre policiamento na escola, mas será mesmo que só a polícia vai dar conta de solucionar esse problema e fazer a escola mais justa e que forme pessoas para viver em sociedade e, ao mesmo tempo, capacitadas para o mercado de trabalho?" - questionou Monica.
Validando propostas
Essa discussão serviu também, segundo as codeputadas do mandato coletivo, para validar e aprimorar propostas apresentadas pela bancada com o objetivo de tornar as escolas públicas paulistas mais humanas, inclusivas e atentas à realidade da comunidade em que estão inseridas. "São ao menos 10 projetos de leis que apresentamos e queremos ouvir especialistas", explicou Monica Seixas.
Entre as propostas estão o aumento da parceria com órgãos de Assistência Social e de Saúde Psicossocial; a ampliação de conversa e reflexões sobre diversidade e violência doméstica; a colocação em prática do ensino da história afro-indígena; a criação de mecanismos para denúncias de violências dentro das escolas, entre outras.
Discurso de ódio
A conversa, que durou mais de duas horas, teve como ponto recorrente na fala dos participantes o problema da disseminação de discursos de ódio nas redes sociais e na internet, não apenas na chamada "internet oculta", mas em páginas facilmente acessadas.
De acordo com Helena Vieira, pesquisadora do Núcleo Monitor do Debate Político no Meio Digital da Universidade de São Paulo (USP), a violência que temos visto nas escolas tem se radicalizado em diversas redes sociais, local onde jovens com curiosidade mórbida ingressam em comunidades que glorificam massacres em escolas pelo mundo e outras formas de violência.
"Parte desses jovens sem perspectiva de vida se radicalizam e começam a planejar esses atentados. Agora, esses jovens perceberam que não precisam de armas de fogo para praticar esses atos e que armas brancas, como facas, também podem ser usadas", comentou a pesquisadora.
Policiais nas escolas
Outro ponto discutido no encontro foi a presença de policiais e guardas civis armados dentro das unidades escolares. Para os profissionais ouvidos, essa é uma ação paliativa e que não resolve o problema profundo da violência nas escolas.
"O grande protagonista da segurança nas escolas precisa ser a própria comunidade escolar, que não está sendo ouvida. A gente percebe diversos conflitos que são resolvidos dentro da própria escola, mas agora esses conflitos se tornarão casos de polícia? E o policial não tem formação para lidar com crianças e adolescentes", comentou Daniel Zotesso, perito criminal do Instituto de Criminalística do Estado de São Paulo e também membro do movimento Policiais Antifascismo.
Mais participantes
Participaram também da conversa a deputada federal Sâmia Bomfim (Psol), a vereadora paulistana Luana Alves, a professora da rede pública Eliane Garcia, a mestre em Serviço Social Mariana da Silva Santos, a chefe de gabinete da Secretaria Nacional de Justiça Lazara Carvalho, a vereadora de Osasco Juliana Curveiro, a conselheira do Conselho Regional de Psicologia Ione Aparecida Xavier, a diretora de Políticas Educacionais da União Nacional de Estudantes Fabi Amorim e a psicóloga Monica Mumme.
Confira o vídeo completo da Audiência Pública abaixo:
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