A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo recebeu, na noite de segunda-feira (3), um ato solene em homenagem ao escrevente técnico do Judiciário. Além de celebrar o Dia do Escrevente, data instituída pela Lei n° 2.207/1953, o evento serviu para que servidores pudessem reivindicar melhorias para a categoria.

"O escrevente técnico do Judiciário é um profissional muito importante. Na verdade, eu diria que ele é o coração do Tribunal de Justiça. São eles, juntamente com outros servidores, que carregam o Tribunal nas costas e, sem eles, não existiria a instituição. Então, hoje é um dia importante de celebração, mas também é um dia de luta, eles estão levantando reivindicações históricas da categoria", comentou o deputado Carlos Giannazi (Psol), solicitante do evento.

Entre as reivindicações dos trabalhadores está a implementação do nível superior para os escreventes técnicos. Segundo representantes de associações de classe que compareceram ao evento, essa é uma demanda antiga e valorizaria os servidores da categoria.

"Isso já é uma realidade na Justiça Federal e para os Oficiais de Justiça do Estado de São Paulo e queremos que seja também para o escrevente técnico. O concurso para escrevente do Tribunal de Justiça já tem exigências de nível superior. Sua função é complexa e também exige nível superior, mas o salário é de nível médio", explicou o tesoureiro da Associação de Base dos Trabalhadores do Judiciários do Estado de São Paulo (Assojubs), Michel Iorio Gonçalves.

Além de reconhecer o trabalho do escrevente, Gonçalves pontuou que a exigência de nível superior também qualificaria os servidores do Tribunal de Justiça e melhoraria o serviço prestado à população.

Os trabalhadores também pedem uma recomposição salarial e que o Judiciário convoque os aprovados e realize novos concursos públicos, para ocupar os cargos vagos que existem e que sobrecarregam os servidores.

"O maior número de servidores que o TJ tem são os escreventes. O escrevente é quem está no cartório, quem faz o processo andar, não só no cartório, mas também ajuda os advogados no balcão, ajuda juízes na parte técnica. Quando o advogado quer saber como anda o processo, o que ele precisa fazer, como deve entrar com uma determinada petição, ele vai para o cartório e procura o escrevente", defendeu o presidente da Associação dos Servidores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (Assetj), José Gozze.

Segundo dados da associação, o TJ-SP conta com cerca de 28 mil escreventes na ativa e 16 mil aposentados.

Assista ao evento, na íntegra, na transmissão feita pela TV Alesp:



Mais imagens da reunião: https://flic.kr/s/aHBqjBtyrz