ILP promove debate acerca de pesquisas sobre condições médicas de neurodivergência

Representantes da sociedade civil, do Poder Legislativo e da classe científica apontaram as principais dificuldades de fomento a pesquisas e análises focadas em condições raras no espectro do autismo
28/08/2024 18:30 | ILP | Da Redação - Foto: Agência Alesp

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Debate ILP: pesquisas acerca do TEA<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2024/fg333419.png' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Debate ILP: pesquisas acerca do TEA<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2024/fg333420.png' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O Instituto do Legislativo Paulista (ILP) promoveu, em parceria com o Instituto DEAF1 e com a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, nesta quarta-feira (28), um debate a respeito da implementação de políticas públicas com a finalidade de fomentar pesquisas sobre Transtorno do Espectro Autista (TEA), epilepsia, entre outras neurodivergências.

Iniciando os debates, o presidente de honra do Movimento Orgulho Autista Brasil (MOAB), Fernando Cotta, levantou questionamentos sobre falhas nos diagnósticos dos pacientes de TEA. "Desde 2005, o MOAB e outros movimentos ativistas obtiveram grande sucesso em espalhar conhecimento sobre o autismo para a população. Infelizmente, o mesmo não pode ser dito sobre os atendimentos e pesquisas. O autismo raro, por exemplo, é subdiagnosticado", afirmou.

Exames específicos

A bióloga e pesquisadora no Hospital Israelita Albert Einstein, Priscilla Matsumoto Martin, descreveu o diagnóstico para doenças complexas - a exemplo de variações raras do autismo - como um trabalho conjunto e multiprofissional.

"Muitas vezes, o acompanhamento de uma pessoa com TEA ou outra neurodivergência começa já na infância, com os pediatras, até que, mais tarde, neurologistas e outros profissionais possam acompanhar o paciente de forma mais profunda", detalhou a especialista.

Em seguida, Priscilla citou o exame conhecido como "exoma" como um dos mais importantes no processo de tratamento dos pacientes, mas também destacou as barreiras que o impedem de se difundir.

"Um dos testes mais eficazes hoje, utilizado por geneticistas, é o exame do exoma. Ele ajuda bastante a identificar os possíveis genes causadores do autismo. O problema é que trata-se de um exame caro, além do alcance da maioria da população, sendo que, muitas vezes, é um procedimento fundamental para o diagnóstico certeiro e completo dos pacientes. Precisamos de mais investimentos nesse sentido e de um melhor direcionamento para as famílias dos pacientes", pontuou ela.

Assista à aula, na íntegra, na transmissão feita pela TV Alesp:

alesp