Em parceria com a Fapesp, evento do ILP debate conservação de biomas ameaçados no Brasil

Seminário discutiu importância socioeconômica de proteger e restaurar ecossistemas brasileiros; assista à íntegra
04/11/2024 18:58 | ILP | Da redação - Foto: Reprodução YouTube

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ILP+FAPESP: Biomas brasileiros ameaçados<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2024/fg337402.png' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O Instituto do Legislativo Paulista realizou, nesta segunda-feira (4), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o seminário "Biomas brasileiros ameaçados: o preço da conservação". Entre janeiro e setembro de 2024, 22,3 milhões de hectares foram queimados no Brasil. 70% da área destruída era de mata nativa.

O cenário alarmante evidenciou a necessidade de discutir medidas de prevenção de desastres e reconstrução dos ecossistemas afetados. O evento foi uma contribuição para a discussão sobre o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável n°15 (Vida Terrestre) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

Durante o seminário, os debatedores convidados, Carlos Alfredo Joly, Giselda Durigan e Pedro Brancalion, comentaram sobre os impactos das mudanças climáticas para os biomas brasileiros e os desafios ambientais e econômicos na conservação deles.

"O custo de não fazer nada já estamos sentindo quando assistimos na televisão as catástrofes que estão acontecendo por conta das mudanças climáticas", pontuou Giselda, sobre a carência de planejamentos e investimentos que possam evitar a destruição de biomas no país. Ela é pesquisadora científica e membro do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Ambientais do Estado de São Paulo.

Já Carlos Alfredo Joly, também pesquisador e professor em Ecologia Vegetal pela Unicamp, explicou que o processo de restauração dos biomas é essencial para o bem-estar da sociedade. "Através da restauração podemos recuperar o que chamamos de serviços ecossistêmicos, que são fundamentais para a qualidade de vida. São processos naturais dos ecossistemas que tem como resultado algum benefício no qual podemos nos aproveitar economicamente ou para melhorar nossa qualidade de vida."

"Precisamos urgentemente enxergar a restauração não apenas sob o ponto de vista dos benefícios sociais coletivos, mas também como o uso do solo que concretamente pode gerar renda, trabalho e benefícios diretos para o produtor rural e as empresas que se envolvem nessa atividade", disse Pedro Brancalion sobre a ressignificação das áreas subutilizadas por decorrência da degradação ambiental. Brancalion é vice coordenador do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica e membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências.

Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da Fapesp, foi o mediador do debate. Pacheco é professor de economia pela Unicamp e engenheiro eletrônico pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica.

Assista ao seminário, na íntegra, na transmissão feita pela Rede Alesp:

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